O blefe de Romero
Por Adriana Bezerra
Romero Rodrigues demonstra agora que nunca quis de verdade largar a doce vita do paço campinense para disputar o Governo do Estado. O que impõe aos espectadores de seu blefe teatral uma pergunta crucial:
O que o moveu a verbalizar em praça pública um desejo que não tinha a menor intenção de satisfazer?
Seu recuo tardio – pós fico do “adversário” Luciano Cartaxo – foi de uma canastrice mexicana.
Diferente de Cartaxo, não havia sombra de pesar em Romero.
O semblante não era de quem desistia ou era obrigado a desistir de um vôo mais alto.
No seu último ato nessa novela “quero porque quero ser o candidato das oposições (só que não)”, Romero esqueceu de vestir o personagem. De segurar a emoção que convenceria sua narrativa.
Ele gargalhava ao lado de um alegre Zé Maranhão – outro personagem dessa ópera bufa que expurgou o prefeito da Capital do páreo eleitoral de 2018.
Romero não convenceu os expectadores.
Será que convencerá Cartaxo?
Fonte: http://adrianabezerra.com.br/o-blefe-de-romero/
Créditos: adriana bezerra