Marcos Tavares

A televisão brasileira redescobre Garrincha nos trinta anos de sua morte. Com Garrincha morreu a ingenuidade no futebol, o amor à camisa, o jogo moleque que não visava dinheiro nem troféus. O craque das pernas tortas encantou o mundo com seus dribles desconcertantes e sua presença alegre no campo transformando o sisudo esporte criado pelos ingleses numa brincadeira bem verde amarela. Esquecido pelo país, vítima da tragédia do alcoolismo, Garrincha foi morrendo aos poucos e essa homenagem que lhe é prestada agora redime um pouco a consciência nacional de ter ignorado seu craque nos anos finais.

Garrincha era um menino do interior que sabia brincar com a bola como ninguém. Avesso a técnicas, treinamentos e principalmente concentrações, seu futebol era um hino à alegria, uma autêntica aula de ginga nacional sem códigos escritos nem roteiros traçados. Garrincha enlouqueceu defesas como fez com a forte União Soviética na época jogando com o mesmo desprezo de quem joga contra o Bangu, desconhecendo estádios, fronteiras e nacionalidades. Para ele, era sempre um João dos seus brejos que estava em sua frente e que era preciso driblar. Com isso ele fazia seu futebol.

Ao assistir hoje os fenômenos fabricados pela mídia de cabelos eriçados ou barrigas de monges, ficamos pensando como mudou o futebol brasileiro, como ele perdeu sua alegria, sua espontaneidade que valeram tantas copas. Jogamos agora engessados em esquema e os treinadores estão bem distantes do sonolento Feola que costumava dormir durante o jogo. Hoje técnicos, jogadores e cartolas comandam um espetáculo que deveria ser decidido em campo e decidido na base da malemolência, do samba nos pés como o fez Garrincha.

Familiar

Nem tudo que é bom para o tio é bom para o sobrinho. José Maranhão fincou o pé, aquietou o seu PMDB e continuou no comando da legenda a nível estadual.

Já no plano municipal ele permitiu a degola do seu sobrinho, Benjamim, em nome de uma unidade partidária que ele mesmo desconheceu quando da disputa estadual.
Maranhão continua o mesmo. Primeiro ele, segundo ele e depois, só depois, os familiares. Seja qual for o grau de parentesco.

Fundos
Romero disse e mostrou os documentos. Vários cheques sem provisão de fundos emitidos pelo estão prefeito Veneziano Vital, que insiste em dizer que deixou dinheiro em caixa.

Se tinha dinheiro em caixa, por que os cheques “borrachudos” . Uma coisa ou outra não elevam a biografia de Vené, que ainda pode ser mais arranhada à medida que os esqueletos saem do armário.

Calçado

Não é verídica a informação da PMJP de que o Jampa Digital pode ser acessado em alguns locais das praias e outros pontos da cidade.
O sinal – quando entra – é fraquíssimo e a ligação se desfaz segundos depois.

Benefício

Não sei como o governo estadual pretende explicar que o aumento nos impostos sobre energia elétrica é benéfico.

Mas, como tem bons publicitários ao seu dispor, nada é impossível.

Normalidade

O TCE, através de seu presidente conselheiro Fábio Nogueira reafirma: toda matéria sobre despesas da Casa Civil está senso analisada.

Tudo seguirá sua rotina e seu tempo, pois o TCE não trabalha movido a política.

CPI

Essa tentativa de criar uma CPI para examinar as denúncias da revista “IstoÉ” nascem mortas.

Primeiro porque a revista não tem nenhuma credibilidade. Segundo porque chega de CPIs que dão em nada!

Saudoso

Tavinho Santos confessa-se saudoso do seu antigo posto de vereador.

Ele foi atrás do sonho de Maranhão e acabou tendo um pesadelo.

Titereteiro

Aliados de Lula começam a reclamar de suas interferências claras nas administrações que ajudou a eleger.

Como Dilma escanteou seu ex-chefe, ele agora baixa em outros terreiros.

Frases…

Dezena – Dê graças a Deus serem apenas dez os mandamentos.

Solução – Quando ninguém entende o problema, ele está solucionado.

Subsequente – Depois da espera vem o desespero.