foto (2)

Marcos Tavares

Dois casos de assassinatos de mulheres escandalizam a imprensa nacional. O primeiro da modelo Elisa Samúdio trucidada pelo seu amante, o goleiro Bruno. A segunda, Mércia Nakashima, cujo namorado é acusado de tê-la matado e depois desovado seu corpo numa represa em São Paulo. Esses crimes são icônicos da situação da mulher no país, uma situação que muitas vezes ela mesma cria ou ajuda a ser criada. Não houve evolução, movimentos feministas, nem delegacias especializadas que fizessem a maioria das mulheres compreenderem que não se mata por amor. Quem maltrata, quem oprime, quem cerceia não ama, mas sim tem um sentimento de posse, sentimento esse que descamba num crime.

A mulher, ao primeiro sintoma de violência, seja ela verbal ou gestual deve imediatamente tratar de pôr um fim nesse caso ou casamento sem pensar duas vezes. Ninguém começa pela morte, ela normalmente é o desfecho final de uma série de atos praticados com o consentimento tácito da mulher que não denuncia, não procura ajuda, não foge nem comunica a parentes seu estado de vítima. Essa permissividade passiva vai aumentando a dose da violência até que ela explode em tiros ou facadas e aí fica tarde demais para qualquer conserto.

Não se admite que nos dias de hoje uma mulher deixe-se submeter a constrangimentos sexuais ou comportamentais apenas para manter uma relação estável. Dormir com o inimigo é procurar acordar numa funerária como mostram os crimes praticados contra esposas e amantes. Ao primeiro sinal de violência, o mal deve ser cortado pela raiz para que a planta não viceje e acabe em mais tragédias como a de Mércia ou Elisa que desfilam na televisão mostrando que nem todo o feminismo nacional conseguiu alertar a mulher do perigo.

Puxa-saco

Os próprios vereadores da nossa capital – ou alguns deles – são os responsáveis pelo baixo conceito que goza a nossa Câmara Municipal entre os cidadãos. De uma carrada só, querem propor títulos de cidadão pessoense ao irmão do prefeito Cartaxo, sua esposa, sua mãe e até seu falecido pai.

Acredito que todos os prováveis homenageados são cidadãos e cidadãs da mais alta qualidade, mas me pergunto: o que fizeram de relevante pela nossa cidade a ponto de merecerem essa homenagem.

Acredito que nada além do parentesco com o jovem alcaide.

Por essas e outras, pelo excesso de servilismo é que a Câmara nunca é considerada como o fórum de debates de nossa cidade.

Greves

Professores do Estado param um dia para advertir o governo das más condições salariais e materiais na educação.

Sua luta salarial é histórica, mas as condições na nossa educação não parecem as melhores, pois até uma escola foi interditada por absoluta falta de condições de funcionamento.

Considerar a educação prioritária no discurso nem sempre leva essa ação à prática. Eis a questão.

Homenagem

O Senado Federal vai prestar homenagem ao poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima, que faleceu no ano que passou.

A Paraíba deve se fazer presente a essa festa que relembra um dos seus maiores líderes.

Desprezo

Não sei por que o PT estranha a atitude de Maranhão desclassificando a legenda.

Faz parte da história do ex-governador. Ele usa e depois descarta. Perguntem ao Ney…

Açodamento

Muito me engano ou estamos no mês de março do ano da Graça de 2013 e as eleições devem acontecer no segundo semestre de 2014.

Logo fazer e publicar pesquisas agora é açodamento. Ou então algo ainda mais grave.

Parados

A UEPB continua em greve e praticamente ainda não iniciou seu semestre letivo.

Os professores e funcionários param, o alunado paga a conta.

Buraco

O STF legislou: os precatórios dos municípios devem ser pagos o mais urgentemente possível.

Isso vai provocar um rombo em pequenas prefeituras.

Mídia

Não vejo o motivo de todo esse aparato da imprensa em cima do caso Mércia Nakashima.

Estamos criando na mídia o culto da violência e do espetáculo da tragédia.

Frases…

Argentinos – Não bastava Messi. Temos agora um papa argentino.

Falso – Oremos. Poderíamos ter um Papa paraguaio.

Divindade – O Papa pode ser argentino, mas Deus continua brasileiro.