O alto preço do vandalismo

Leomarque Pereira 

Uma ação, no mínimo, revoltante, chama a atenção dos moradores do município de São Bento, no Sertão da Paraíba.

A prefeitura da ‘terra da rede’ teve que aumentar o orçamento de 2013 em um percentual de 15 %, no setor de iluminação pública, em virtude do alto custo com a reposição de lâmpadas, causada pelos atos de vândalos, que chegam a quebrar em torno de 60% das lâmpadas repostas no município.

A informação é do responsável pelo setor de Iluminação Pública do município, o Sr. Arlindo Borges, relatando que, em conversa com auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE), integrantes da secretaria de infraestrutura de São Bento foram orientados a aumentar o valor do orçamento destinado ao setor, em 15 % este ano, para tentar cobrir os custos com a troca das lâmpadas.

“Apesar de possuir um pouco mais de 30 mil habitantes, o município de São Bento possui um orçamento, com a área de iluminação pública, equivalente a 90 % da cidade de Patos – PB, que tem população três maior do que “Capital Mundial das Redes”, disse Arlindo. Ele disse que, em alguns bairros da cidade, durante os cinco meses deste ano, as lâmpadas colocadas já foram danificadas 4 vezes, citando o exemplo da comunidade São José. Nós colocamos lâmpadas que possuem uma duração de 5.000 horas, mas os destruidores quebram-nas, logo após a fixação dos objetos, causando enormes prejuízos aos moradores, que ficam às escuras.

Borges revelou, ainda, que a prefeitura de São Bento paga uma conta mensal à Energisa que varia de R$ 100 a 110 mil, e disse que a arrecadação oriunda com a TIP – Taxa de Iluminação Pública – não cobre, muitas vezes, 50 % desse valor. “O restante tem que ser pago com outros recursos”, completou.

Diante dos atos perniciosos praticados pelos quebradores de lâmpadas, além de outros elementos ligados à fonte luminosa, Arlindo faz um apelo aos responsáveis pela Segurança Pública no município e pede ajuda, também, da população, fornecendo o nº do seu telefone: 9979-7744, para que as pessoas, quando tiverem conhecimento da autoria do crime, ligarem pra ele ou para a polícia. “Se não houver uma ação emergente, no sentido de combater essa prática delituosa, a população corre o sério risco de ficar às escuras”, alertou.