O prefeito interino de João Pessoa, Nonato Bandeira, afirmou que deixará a política se o modelo atual não sofrer mudanças. Durante entrevista ao programa “Debate sem Censura”, na tarde de hoje, Bandeira afirmou que irá propor encontro entre Luciano Cartaxo e Ricardo Coutinho para que seja feita uma parceria administrativa.
O prefeito disse que não é tempo para debater as eleições de 2016, mas garantiu que não disputará mandato se não houver reforma: “No atual modelo da política brasileira eu não participa mais. Se não tiver um aprofunda reforma política eu não me candidato mais a absolutamente a nada. Porque esse modelo favorece a quem tem esquema econômico e povo infelizmente está se viciando a isso”.
Nonato garantiu que enquanto estiver a frente da prefeitura irá ouvir as demandas da população e construir um relatório para entregar ao prefeito: “Vou fazer um relatório e entregar ao prefeito com algumas considerações para ver se ele pode fazer algumas mudanças. Eu vou sugerir no meu relatório que o prefeito procure o governador para realizar uma agenda administrativa que ainda não aconteceu na Paraíba. Eles venceram a eleição com a parceria política. Um exemplo é o hospital da mulher, os dois prometeram e ninguém cumpriu, ambos poderia fazer com emprego de 50% de recursos do Estado e da prefeitura”, apontou.
O jornalista afirmou que a aliança entre PT e PSB saiu vitoriosa nas eleições, mas destacou que a parceria política tem que ser revertida em melhorias para as pessoas: “Esse ano é muito difícil, nós precisamos focar na administração. O que eu defendo é que os partidos façam uma aliança administrativa”.
Nonato evitou fazer críticas ao governador Ricardo Coutinho e afirmou que até a oposição busca o candidato que saiu vitorioso: “Pra mim Ricardo Coutinho não mudou nada. Quem mudou foram outros agentes políticos. Ele continua com os mesmos posicionamentos com o funcionalismo público, enfim, quem mudou foram outros agentes. Você vê que a própria oposição quer ir para o Palácio e o governador fica escolhendo quem vai servir e quem é inimigo”, frisou.
As medidas adotadas por Nonato partem de visita aos órgãos para fiscalizar os serviços: “Estou indo as ruas, estou ouvindo os vereadores, fui na Câmara, então, estou tentando fazer dessa interinidade com o olhar do contribuinte e não do gestor. A questão da limpeza foi um acerto pontual com uma das empresas que realiza a coleta de lixo. São serviços terceirizados e se não for cumprido, os valores vão ser descontados”, defendeu.
A entrega de cargo feita pelo prefeito, para Nonato, não tem relação política: “A interinidade eu ouvi muita especulação dizendo que uma organização para 2016, mas eu não vejo isso. Eu acho natural porque o vice existe para isso. Então eu entendi como algo constitucional”, concluiu.
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