Um dia após anunciar formalmente o seu rompimento com o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD), o vice prefeito Nonato Bandeira (PPS), revelou que rompeu porque a sua voz pouco era ouvida pelo gestor. Ele afirmou ainda que dentro do partido existe uma grande decepção com o modelo de gestão adotado pelo prefeito.
“Pelo que eu sinto, até conversando com filiados, existe uma decepção muito grande com o modelo, com o tratamento, com os compromissos que foram assumidos com a cidade de João Pessoa e com o partido. Eu acho que é um sentimento muito forte, o dirigente tem que sentir isso dos filiados. Eu observo esse sentimento também dentro do partido em João Pessoa”, comentou.
Nonato Bandeira elencou alguns pontos que o afastaram da gestão do prefeito Luciano Cartaxo, afirmando que foi observando ao longo da administração e amadurecendo um rompimento.
“Os compromissos de continuidade da gestão de Luciano Agra, que foi quem nos indicou, não foram sequenciados. Onde pontos em que pregavam a inovação administrativa, o equilíbrio financeiro, da otimização dos gastos públicos, da redução da máquina, da inversão da máquina, do investimento maciço em saúde e educação, da transparência das ações eles foram pouco a pouco se afastando”, frisou.
Na semana passada – Uma semana antes de anunciar o rompimento, Nonato Bandeira criticou em entrevista à Rádio Correio FM, o anúncio da reforma no secretariado da gestão de Luciano Cartaxo, afirmando que não foi consultado pelo prefeito.
“Eu não fui consultado. Isso é uma prerrogativa do prefeito escolher seu secretariado, fica meio ruim um vice-prefeito chegar e, vamos dizer assim, dar pitaco, sem ser consultado ou ficar criticando nome A ou B. Ele sabe o que está fazendo, é uma prerrogativa dele, inclusive outorgado pelo voto popular. Quem escolhe é o prefeito e ele também não precisa consultar o vice-prefeito”, afirmou.
No entanto, Nonato, que também é presidente estadual do PPS na Paraíba, não se absteve de comentar pontualmente a decisão na Secretaria de Comunicação.
“Eu só vou fazer um comentário no que diz respeito a minha área, na questão da Comunicação. Primeiramente, quero parabenizar o meu amigo Eduardo Carneiro, competente na questão da secretaria adjunta, e que eu acho que é um grande nome, mas eu, executivo, jamais colocaria nem na procuradoria de um município ou de um estado alguém que não fosse um operador do direito, como também jamais colocaria um secretário, um titular de comunicação que não fosse da área de comunicação. Isso não tem nada a ver com Diego Tavares, que por sinal era um dos melhores secretários da gestão, estava fazendo um excelente trabalho numa área dele. Se eu fosse consultado, eu diria, acho que cada qual no seu cada qual é mais importante do que você fazer remanejamento”, garantiu na entrevista antecipando o rompimento.
PBAgora