Na base, com Ricardo

Por Laerte Cerqueira

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Além de Sérgio, estavam lá, Chico do Sindicato (PP), Dinho (PR), Eduardo Carneiro (PPS), Marmuthe Cavalcanti (SDD), Benilton Lucena (PT), Pedro Alberto Coutinho (PTB), Edson Cruz (PP), Renato Martins (PSB), Zezinho do Botafogo (PSB) e Felipe Leitão (SDD). O número foi bem menor do que se desejava, afinal, Cartaxo tem ao seu lado, na administração, 25 dos 27 legisladores municipais. Benilton, responsável pela articulação, bem que tentou garimpar mais colegas, mas é inegável a resistência que muitos tem em votar no socialista. O líder da base, por exemplo, Marcos Antônio (PPS), foi um dos primeiros a dizer que não apoia RC. Já não era esperado.

De lá saiu um discurso ensaiado, que vai ser usado para justificar a dobradinha e para convencer os mais resistentes. A ideia fixar que a união Cartaxo e Ricardo, mesmo com suas arestas do passado, é o melhor para o futuro de João Pessoa. A cidade ganha. A união ajuda a fortalecer o projetos para a capital. É o que vão dizer por aí. Os vereadores aproveitaram a abertura para fazer “os pedidos”. Cobrar soluções para problemas que não dependem apenas de uma ação da prefeitura, mas de empenho do estado. Entre os pedidos de Sérgio da Sac, por exemplo, mais infraestrutura para as praias da zona sul da capital e uma Casa da Cidadania para a população daquela região.
Pelo menos 20, dos 25 vereadores da base, parecem não ter nenhum problema em apoiar o irmão do prefeito na disputa por uma vaga ao Senado. Mas, 12 deles, por orientação partidária ou, simplesmente, por antipatia com RC, não querem falar sobre o assunto e não gostam, nem um pouco, da cobrança. O cenário novo assusta alguns, mas há quem diga que aos poucos, com agrados, benesses, conversa e promessas, alguns podem amolecer o coração.