Moradora de Samambaia Sul, a dona de casa Elundina Santos Brandão, 43 anos, pesa 240kg, sofre de obesidade mórbida e pede ajuda para fazer uma cirurgia bariátrica pela rede pública de Saúde.
Elundina é natural de Guadalupe, no Piauí, e teria de perder peso para fazer o procedimento. No entanto, ela não tem condições financeiras de cumprir a dieta orientada por especialistas.
Ao Metrópoles, a mulher relatou que, apenas durante o período de pandemia do novo coronavírus, em aproximadamente um ano e meio, ela ganhou cerca de 100kg.
A guerra contra a doença dura cerca de 10 anos. Atualmente, Elundina não consegue mais fazer tarefas simples do dia a dia como se locomover dentro da própria casa, ir ao banheiro e tomar banho sozinha. Ela também sente falta de ar ao dormir e tem problemas relacionados com a obesidade, como pressão alta, entre outros.
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“Eu trabalhava como doméstica, tive um diagnóstico de câncer na tireoide em 2016, em nível avançado, e precisei passar por cirurgia. À época, eu pesava pouco mais de 155kg. Fiz uma cirurgia na rede particular e me curei do câncer. Depois disso, eu engordei ainda mais”, conta.
Em 2020, sofrendo de ansiedade crônica, o ganho de peso acelerou.
“No começo da pandemia, eu ainda conseguia fazer tarefas básicas. Cozinhava e limpava. Perdi toda a saúde e engordei mais. Quase 100kg. Deu erisipela na minha perna, que é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Piorei muito”, acrescenta.
Hoje, ela quase não consegue mais andar e reclama da barriga dura, que chega a arrastar no chão. “Não dá mais para viver assim. Chamo de barriga de pedra. Carrego um peso enorme. É como se fosse outra pessoa. Já caí e me machuquei por causa da minha barriga. É o que mais me incomoda”, lamenta.
Elundina é casada há 18 anos com o operador de máquinas João Batista Paixão, 55. O marido ganha um salário mínimo mensal para sustentar a mulher e as duas filhas que moram com eles. A família não tem condições financeiras de comprar os medicamentos prescritos pelos médicos para a esposa.
Após passar por consulta médica com uma endocrinologista do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a especialista receitou pelo menos oito remédios para auxiliar na perda de peso. No entanto, o mais importante deles, para ser aplicado semanalmente, custa mais de R$ 800. A fórmula é o Ozempic. Outro que pode ser substituto do medicamento é o Saxenda, com valor de R$ 700. Mas Elundina apresentou reação após ingerir a segunda substância.
“Ela está cadastrada no Sistema Único de Saúde (SUS), mas não pode passar pelo procedimento de redução do estômago antes de perder peso. Teria de chegar a 190kg. O IMC está em 92. É bastante elevado. Os cirurgiões não querem correr o risco de operar, e ela perder a vida. O que nos preocupa é ela não aguentar. A questão da barriga é grave. Temos medo de romper. Ela já está com edemas e bolhas. Não pode mais avançar”, pontua o esposo. “A gente tem medo de ela ir dormir e não acordar”, completa.
Outro constrangimento é para ir ao banheiro. João adaptou um baldinho para que Elundina não precise se levantar a todo momento.
Ajude
Buscando mudar essa realidade, a mulher quer fazer o tratamento para perder peso e poder operar. Ela precisa de colaboração para angariar recursos e pede encarecidamente para quem puder ajudar, seja financeiramente, seja com suporte médico, que entre em contato com a família pelos telefones: (61) 9 9221-5099 ou (61) 9204-0310.
“Preciso de ajuda e suporte para iniciar esse tratamento. Não sei por onde começar. Por isso, faço esse apelo”, suplica Elundina.
João Batista diz que o maior sonho da esposa é se ver livre do peso que faz a barriga encostar no chão.
“A pele é muito sensível, e ela tem receio de pegar uma infecção. Temos a esperança de que alguém possa se sensibilizar com a situação e apoiar. Não perco a fé e a esperança de ainda vê-la caminhando. Todos os dias, busco em Deus a força para conseguir ajudá-la”, finaliza o marido.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles