O Ministério Público do Trabalho na Paraíba lançará no próximo mês, em Brasília um jogo digital sobre o tema “trabalho infantil”, desenvolvido pelo curso de Jogos Digitais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), em Campina Grande (PB). O lançamento será no auditório da Procuradoria Geral do Trabalho, dia 14 de outubro, às 11 horas.
O MPT e a Facisa firmaram em 2012 termo de cooperação técnica com vistas à implementação de projeto de desenvolvimento de jogos educativos relacionados com a temática trabalhista. Outro jogo já está sendo finalizado, tendo como tema o “trabalho escravo” e deverá ser lançado ainda este ano.
Os jogos estão sendo acompanhados de perto pelos procuradores do Trabalho Raulino Maracajá Filho e Marcos Antônio, da Procuradoria do Trabalho do Município de Campina Grande, e são indicados para pessoas de todas as idades. O jogador é apresentado ao produto de forma lúdica e interativa pois, além de de se divertir, o jogador recebe informações importantes acerca dos temas propostos.
Segundo o procurador Marcos Antônio Almeida, o fato de o jogo estar na internet possibilitará que seja utilizado como artefato de aprendizagem em todas as escolas com acesso à rede, em qualquer lugar do mundo. Por ser um produto online, o jogo poderá ter links onde o jogador poderá clicar e conhecer mais informações sobre o tema do jogo que está acessando no momento.
“Os jogos digitais apresentam um potencial educativo extraordinário. Por isso, o projeto proporcionará uma maior sensibilização da sociedade acerca de problemas sociais graves, como o trabalho escravo e a exploração do trabalho infantil”, disse o procurador do Trabalho.
O procurador Raulino Maracajá enfatizou que essas ferramentas possibilitarão a crianças, jovens e adultos conhecerem mais sobre esses problemas reais da sociedade brasileira, mesmo que a intenção inicial seja a de acessar o jogo apenas por divertimento. “É uma forma lúdica de chamar a atenção para problemas que muitos ainda desconhecem ou não dimensionam sua gravidade. O trabalho infantil não deve ser encarado como normal, os perigos existem e as consequências são danosas. Isso é mostrado no jogo. O trabalho escravo, igualmente, existe no Brasil. Muitos é que não veem”, comentou.
Correio da Paraíba