O Ministério Público Federal enviou nesta quinta-feira (6) um ofício em que questiona o Twitter sobre a falta de uma opção aos usuários no Brasil para denunciar desinformação sobre a pandemia da Covid-19. O órgão pede que a empresa envie uma resposta em até 10 dias úteis.
O ofício, enviado pelo procurador da República em São Paulo, Yuri Corrêa da Luz, pede para a empresa dar informações detalhadas sobre a disponibilização aos usuários de meio de denúncia de conteúdos desinformativos envolvendo a pandemia.
A comunicação foi feita depois que a “#TwitterApoiaFakeNews” ficou entre os assuntos mais comentados da rede social na quarta-feira (5). O termo foi usado por usuários que pediam uma opção de denunciar publicações por informações falsas sobre a pandemia.
No documento, o procurador questiona por que usuários de outros países contam com o recurso de denunciar tuítes por fake news sobre a Covid-19. A ferramenta está disponível desde agosto de 2021 em fase de testes para usuários dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e da Austrália.
A notificação também pede que o Twitter “informe se estão sendo adotadas providências para que tal funcionalidade de denúncia seja disponibilizada também a usuários brasileiros e, em caso positivo, qual o prazo previsto para sua implementação na plataforma”.
A rede social tem uma política contra desinformação sobre a Covid-19 que, no limite, prevê a suspensão permanente de uma conta. No entanto, no Brasil, não há uma maneira de usuários sinalizarem que um tuíte pode ter violado essa regra.
Segundo a plataforma, as violações que podem ser denunciadas incluem “spam, conteúdo abusivo ou nocivo, anúncios impróprios, automutilação e falsa identidade”.
Contas verificadas
O MPF solicita ainda que o Twitter explique quais são os critérios usados no brasil para a verificação de contas, que faz os perfis ficarem com um selo azul.
A decisão da rede social de verificar contas conhecidas por publicar desinformação sobre a pandemia também foi um dos pontos criticados por usuários que compartilharam a “#TwitterApoiaFakeNews”.
Fonte: Globo
Créditos: Globo