No início do ano, Eli havia viralizado oferecendo serviços de transporte apenas para mulheres. Ela disponibilizava viagens particulares, logística de materiais religiosos, mudanças e investigações para esposas que suspeitavam de traição.
No anúncio no Facebook, Elizandra afirma que está à disposição de quem precisa. “Quer esperar o marido na frente do motel? Te levo e espero o bonito sair!” e “Está desconfiada do crush? Nós seguimos”.
Contudo, após alguns meses, ela abandonou o serviço de investigadora particular de infidelidades. De acordo com entrevista dada, ela esclareceu que foi vítima de diversas ameaças e, por questões de segurança, decidiu abandonar o serviço.
Ameaças
“Comecei a ficar com medo de andar na rua. Fiquei muito conhecida e recebia muitas ameaças, então resolvi não fazer mais. Não sou detetive”, disse.
“Não tinha nenhuma segurança para continuar fazendo isso. Comecei a ficar com medo e comecei a abrir outros horizontes”, continuou.
A profissão de detetive particular não é regularizada no Brasil. Não existem associações de classe ou conselhos que regulamentem o exercício desse tipo de atividade, ou que garanta a segurança desses profissionais autônomos. Contudo, um simples registro de MEI pode garantir o exercício da atividade.
Hoje, Elizandra decidiu se focar no transporte e realiza uma série de serviços apenas para clientes mulheres. Seu trabalho ganhou repercussão. Hoje ela dá palestras sobre seu sucesso.
Em 2022, ganhou o Prêmio da Mulher Caiçara, uma solenidade da Associação Amigos da Vila Valença, com o apoio da Prefeitura de São Vicente, que valoriza o exercício profissional das mulheres da Baixada Santista e região.