O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, confirmou neste sábado (2), a informação trazida, com exclusividade, pelo Blog do Anderson Soares, sobre a prisão de um policial militar do serviço de inteligência (P2), na quinta-feira (31), em atitudes de espionagem nas proximidades do gabinete do secretário. Nunes também confirmou as suspeitas de retaliação ao trabalho que está desenvolvendo, nesses noves meses, à frente da secretaria. “De fato, há algum tempo a gente tem acompanhado algumas movimentações suspeitas, mas faz parte da nossa atividade andar sempre atento e se protegendo”, afirmou.
O secretário revelou ainda, que estava em reunião na hora da prisão do PM e só tomou conhecimento do fato depois. Ele disse que o procedimento policial foi feito pelo secretário-executivo de Segurança, Coronel Lamarck, que chegou à conclusão de que não havia nenhum crime praticado e liberou o P2. “Eu só tomei conhecimento dessa circunstância no final da tarde, duas ou três horas depois do ocorrido, porque estava no meu gabinete fazendo o atendimento a algumas pessoas”, explicou.
Jean confirmou a informação que o policial havia dito, em depoimento, que estava numa “missão” e que não quis revelar mais detalhes. O secretário determinou a abertura de inquérito policial para investigar o caso. “Eu preciso saber de fato o que está acontecendo, principalmente, nas imediações de uma repartição pública, de segurança, perto do gabinete do secretário e próximo à inteligência. Isso é um fato grave. Vou determinar a instauração de um inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato. A corregedoria da PM também será instada a apurar com rigidez esse procedimento do policial, principalmente, por se tratar de um P2, não podemos permitir qualquer tipo de desvio. Vamos apurar as circunstâncias do fato para saber o que esse policial estava fazendo, tendo em vista que ele disse que estava fazendo uma vigilância, mas não disse qual era a missão, esclareceu.
Jean Nunes acrescentou que todo esse trabalho de investigação está sendo monitorado pelo Ministério Público e elevou o tom ao declarar que vai “pra cima” de quem estiver tentando desestabilizar as ações e resultados da Secretaria de Segurança. “Irei pra cima de qualquer um que queira desestabilizar as boas ações e resultados da nossa Segurança Pública e irei acompanhado dos nossos bons policiais civis, militares e bombeiros, como sempre fizemos”, finalizou.
Entenda o caso
Na quinta-feira (31), um homem foi visto próximo ao gabinete do secretário, porém na parte externa da Secretaria de Segurança, com atitudes suspeitas (como se estivesse à procura de alguém ou colhendo informações).
Seguranças da secretaria perceberam que o homem estava armado e tentaram abordá-lo, porém, ele correu. Os polícias deram um tiro para o alto e conseguiram detê-lo. Segundo algumas fontes revelaram ao Blog do Anderson Soares, o homem foi levado para secretaria e descobriu-se que se tratava de um policial militar do serviço de inteligência (p2), ligado ao Comando-Geral da PM. O fato por si só chamou bastante atenção. O p2 foi ouvido e se limitou a dizer que estava realizando uma missão, sem revelar detalhes.
O que chama atenção, é que pessoas próximas ao secretário confidenciaram ao Blog que ele estava, supostamente, sendo vítima de perseguição. De acordo com relatos, carros em atitudes suspeitas eram sempre vistos nas imediações da residência de Jean Nunes. Por medida de precaução, segundo as fontes, o secretário se mudou, recentemente, para outro local. A suspeita, é que Jean estava sendo alvo de retaliação ao trabalho que vem realizando no combate à criminalidade. Porém, alguns questionamentos são inevitáveis: qual seria o interesse ou a relação do p2 com a suposta ameaça, perseguição ou retaliação a Jean Nunes?. O fato pode não ter nenhuma ligação com as suspeitas, mas também não pode ser totalmente descartado. O que chama atenção, também, é que o caso foi “abafado” na secretaria. O que está por trás disso tudo, só os homens da segurança podem responder.
Fonte: Blog do Anderson Soares
Créditos: Blog do Anderson Soares