Novo ministro do Turismo diz que 'não é genérico'

Em entrevista à rádio Estadão ESPN, o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB – MA), disse que tem experiência suficiente para ocupar o cargo no governo. Ele disse ainda que não é um ministro “genérico”, por não conhecer assuntos ligados à pasta.

“Sou uma pessoa com muita atividade política. Não me considero ministro genérico, ao contrário. Sou uma pessoa que se preparou ao longo da vida”, afirmou ao lembrar os cinco mandatos como deputado.

Vieira foi escolhido pela presidente Dilma Roussef na noite de quarta-feira (14). Ele é ligado à família do senador José Sarney e foi secretário de Planejamento e Educação no Maranhão, na gestão da filha do ex-presidente, Roseana Sarney.

No questionamento, a jornalista Vanessa de Sevo, leu mensagens dos ouvintes que diziam: “Acho que se investigar a fundo acho que não sobra praticamente nenhum ministro, pois já entram com intenção de roubar”; “É trocar seis por meia dúzia, dar o turismo pro Sarney”.

Após a entrevistadora ler perguntas de ouvintes da rádio, Vieira, se recusou a respondê-las, afirmando que eram uma manifestação de raiva, disse que não comentaria.

“Priorizar as ações voltadas para a Copa do Mundo. Fazer com que as coisas no ministério possam ocorrer com a máxima transparência.”

Sobre a devassa na pasta, disse que vai se inteirar dos assuntos.

“Não é um cargo a ser exercido de forma isolada. Na verdade, ser ministro, governar, é tomar melhor decisão para o país”, afirmou.

SUBSTITUIÇÃO

Sua confirmação no cargo foi feita pouco antes da meia-noite pela ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, após uma breve reunião entre a presidente Dilma, o vice Michel Temer e Vieira no Palácio do Planalto. Com a indicação, o novo ministro desbancou o deputado federal paraibano Manoel Júnior (PMDB), também indicado para o cargo.

O deputado substitiu Pedro Novais no cargo, que pediu demissão na quarta-feira após a Folha revelar que o ex-ministro cometeu irregularidades com dinheiro público. Foi o quinto ministro a deixar o governo Dilma.

A Folha apurou que o Novais não pretendia pedir demissão, e que só deixaria o cargo caso fosse a vontade da presidente Dilma. Porém, após pressão do partido (PMDB) e da própria presidente, ele acabou requerendo a exoneração durante reunião na vice-presidência.

Na carta de demissão, ele diz que cumpre o “dever” de pedir exoneração do cargo. A inclusão da palavra, segundo a reportagem apurou, foi uma exigência do ministro.