O Ministério Público do Distrito Federal ajuizou nesta semana denúncias contra 35 envolvidos no escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, dentre eles o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio. O caso ocorreu em 2009 e foi deflagrado pela Polícia Federal, em uma operação batizada de “Caixa de Pandora”.
Ela consistia no desvio de recursos públicos para pagamento de propinas a políticos em troca de apoio ao então governador. Os recursos vinham majoritariamente por meio de contratos de informática superfaturados do Governo do Distrito Federal.
Nas ações, o Ministério Público pede a condenação dos envolvidos por diversos crimes, como corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, além da devolução de aos cofres públicos de mais de R$ 739 milhões.
As ações foram apresentadas na terça-feira na 7ª Vara Criminal de Brasília. Originalmente, havia sido a Procuradoria-Geral da República a autora de uma denúncia sobre o caso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte, porém, decidiu desmembrar o processo. Com isso, o Ministério Público no Distrito Federal passou a ser responsável por ele. A estratégia adotada foi a de dividir a denúncia em 17, com o objetivo de agilizar suas tramitações. Do Estadão