A Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) realizou um rodízio de 14 presos entre as cinco penitenciárias federais do país. As informações foi divulgada neste sábado (16), e confirmou que as transferências aconteceram entre quinta (14) e sexta (15).
Fuga do presídio completou 1 mês
Nesta semana, a fuga do presídio de Mossoró (RN) completou um mês, sendo o primeiro registro na história do sistema penitenciário federal. Até a publicação da reportagem, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça ainda não foram encontrados.
Fernandinho Beira-Mar foi transferido após falha
Nenhum líder importante de facções foram incluídos nas mudanças. Um dos presos mais conhecidos é Fernandinho Beira-Mar, apontado como ex-líder da organização criminosa Comando Vermelho. Beira-Mar chegou a ser transferido recentemente porque cumpria pena na unidade de Mossoró. Depois da falha, o homem foi levado para o presídio de Catanduvas (SC).
Outro que também não participou da operação foi o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como “Marcola”. Ele cumpre pena em Brasília e, nesta semana, tentou anular na justiça uma condenação de 150 anos por homicídio.
Segundo a secretaria, medida é importante para dificultar e enfraquecer possíveis vínculos nas regiões onde se encontram as unidades federais.
É importante salientar que a movimentação dos internos é parte da rotina das unidades e, por questões de segurança, a Senappen não informa a localização dos presos, nem detalhes dessas operações.
Comunicado da Secretaria
Fuga de Mossoró
Em 14 de fevereiro, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça conseguiram escapar durante a madrugada. Segundo o Ministério da Justiça, integrantes da elite da PF (Polícia Federal) e das operações especiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) chegaram em Mossoró na manhã de 16 de fevereiro.
Os dois fugitivos são suspeitos de ter ligações com a facção Comando Vermelho, no Acre, onde o grupo domina as operações criminosas e onde a dupla estava presa até setembro do ano passado.
Na sexta-feira (8), a Polícia Federal prendeu um suspeito de ajudar os fugitivos. Foi a sexta prisão desde a fuga. A polícia também investiga um casal suspeito de comprar roupas para os foragidos.
Fugitivos não foram capturados
Os fugitivos já foram vistos em diversas ocasiões. No entanto, os investigadores não conseguem capturá-los. A Força Nacional trabalha em colaboração com a Polícia Federal nas buscas. O contingente composto por 111 policiais e bombeiros militares, além de 15 viaturas, chegou à cidade em 23 de fevereiro.