Assassinato?

Marido acusado de matar mulher e forjar suicídio é defensor do porte de armas

Um suicídio abala uma família. Uma jovem professora de 35 tira a própria vida com um tiro de revólver. O marido, Eduardo Carlos, lamenta o ocorrido das redes sociais e avisa onde será o velório e o sepultamento da esposa.

A tragédia poderia parar por aí, mas laudos da criminalística e de medicina legal do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB) derrubaram a tese de  suicídio da professora Priscila Vanessa. Os documentos apontaram que a vítima foi assassinada. O suspeito do crime, Eduardo, seu marido. O jovem de 30 anos foi preso pela Polícia Civil, nessa terça-feira (19), cerca de 24 horas depois do ocorrido.

print07

 

Além das postagens sobre o falecimento da mulher, é possível ver várias fotos sobre armas. O professor de informática é um defensor ferrenho do porte de armas para civis. Fotos com munição, armas de pressão e visitas a estandes de tiro esportivo estão presentes nos principais interesses do rapaz.

 

print05

print02

print01  print04

Suicídio descartado

 

“No dia do ocorrido (madrugada de segunda (18)) o caso foi registrado na Central de Flagrantes como sendo suicídio, mas depois da emissão do laudo pericial concluímos que a mulher foi morta e não teria se matado. O suspeito do crime, o marido da vítima, foi preso depois de fortes indícios. Ele nega a autoria”, disse a delegada Maria das Dores.

O jovem foi levado para a Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel, em João Pessoa, para ser apresentado a imprensa nesta quarta-feira (20). O rapaz foi preso em flagrante será levado para audiência de custódia ainda nesta quarta, que vai decidir se será encaminhado para um dos presídios da Capital.

O suspeito, identificado como Carlos Eduardo Carneiro Ferreira Filho, de 30 anos, professor de informática, que mantinha relacionamento com Priscila há 16 anos e estavam casados há seis, alegou inocência durante seus depoimentos à polícia. O professor afirma ter ido dormir por volta das 21h, acordou com os disparos e tentou reanimá-la, mas não conseguiu. “Eu acordei com os disparos, e fui socorrer. Ela deu o último suspiro no meu braço. Minha vida era ela. Chamei [o Samu] na hora”, relatou Carlos Eduardo. A arma que o suspeito tinha em casa, segundo ele, era herança de seu pai, e estava enterrada porque esperava mudanças na lei para poder registrá-la.

A delegada Maria das Dores rechaça os argumentos do suspeito. “A estimativa de morte não coincide com o horário que o acusado diz pedir socorro aos vizinhos”, disse a delegada. “O crime pode ter sido cometido em um momento de fúria”, completou.

Também foram identificadas mensagens do suspeito que mostravam um certo desprezo para com a vítima, o que leva a polícia a crer que o casal passava por uma fase conturbada do relacionamento. O companheiro de Priscila Vanessa tinha porte de arma, e segundo ele, ensinou a vítima a manusear as armas.

Para o pai de Priscila Vanessa, Ribamar Mendonça, a filha não cometeria suicídio. “Tenho certeza que minha filha jamais retiraria a própria vida. Acredito que a justiça será feita”, comentou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Com informações Jornal da Paraíba e Correio da Paraíba