Conscientemente, o deputado peemedebista sabe que suas declarações se transformam numa espécie de “fogo amigo’ que em nada ajuda a fortalecer a candidatura próprio do partido ao Governo do Estado, definida em torno do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), de Campina Grande. Para quem duvida das reais intenções de Trocolli Júnior é suficiente saber que ele não tem estado nada satisfeito com o PMDB da Paraíba e sua linha de comando. E se ressente por não ser levado muito a sério nas suas queixas e observações sobre a necessidade de se “abrir mais” o partido para novas perspectivas de lideranças da legenda. Não é a primeira vez publicamente que Trocolli bate de frente com seu partido. Em outubro de 2011, ele deixou o PMDB para ingressar no PSD, dirigido na Paraíba pelo vice-governador Rômulo Gouveia. Não deu certo. Recebeu acenos para retornar à antiga legenda – e terminou cedendo ao chamamento. Mas, como sempre, o clima de lua de mel interno durou pouco e as velhas insatisfações de novo tomaram conta do panorama. Ao criticar, indiretamente, a candidatura do PMDB e flertar com a possibilidade de que o senador Cássio Cunha Lima venha a concentrar as atenções da oposição, o deputado estadual emite uma opinião sincera e pragmática – mas também renova o recado: não está feliz dentro de seu próprio partido. |