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Maranhão não fala em punições para infiéis, mas diz que PMDB é oposição

A cúpula do PMDB paraibano está reunida desde o final da manhã deste sábado (26), na sede do partido, para avaliar o destino dos três deputados estaduais que aderiram ao governador Ricardo Coutinho (PSB). O encontro está sendo comandado pelo ex-governador José Maranhão e conta com a participação de todos os deputados federais do partido e também de grande parte dos deputados estaduais. Antes do encontro, Maranhão e outras lideranças da legenda preferiram não falar em punições para os parlamentares que mudaram de lado.

De acordo com José Maranhão, a reunião tem como objetivo apenas avaliar a questão das adesões e rever as posições políticas do partido. “É certo que nós vamos manter o posicionamento de oposição, porque o partido foi eleito para isso”, disse. Sobre possíveis punições, o ex-governador foi enfático: “só posso falar sobre isso depois da reunião”.

O presidente estadual do PMDB, Antônio Souza, destacou que antes de falar em punições teria que ouvir os motivos dos que mudaram de lado e também a opinião dos outros integrantes do partido sobre o caso. “Vamos escutar as partes envolvidas e colocar a posição do partido”, afirmou.

Com um posicionamento um pouco mais duro, o deputado federal Manoel Júnior afirmou que caso os deputados não aceitem o posicionamento de oposição do PMDB, eles devem sair do partido. “O partido foi votado para ser oposição e precisamos ser oposição. Os deputados eleitos pela legenda têm o compromisso de respeitar a posição partidária. Caso eles não entendam assim, que deixem o partido”, afirmou.

Dos três deputados que deixaram o bloco de oposição e aderiram à bancada de Ricardo Coutinho, apenas Márcio Roberto compareceu ao encontro. Doda de Tião justificou a ausência e Wilson Braga não se comunicou com o partido.

A reunião estava marcada para as 10h, mas acabou começando com quase uma hora de atraso e deve durar até a metade da tarde deste sábado.

Da redação com Paraíba1