Mais uma voz que se cala

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Meus amigos venho mais uma vez trazer a notícia do desligamento de outra profissional da Rádio Tabajara.

Dessa vez as coincidências são preocupantes, Gláucia Magalhães que também trabalha na TV Assembleia como produtora e tem igual respeito e competência com os ouvintes da rádio estatal, foi sumariamente demitida também sem nenhuma justificativa, outra coincidência foi que a radialista foi solidária com a colega também demitida Márcia Cabral, impedida de voltar à emissora depois de um tratamento contra o câncer (leia o post dessa matéria aqui)

compartilhando essa notícia em uma rede social. Queria acreditar que a mira da metralhadora não esteja agindo com motivações tão mesquinhas, Gláucia foi impedida de usar o microfone mas a sua voz ainda pode-se ouvir na TV Assembleia, família que acolhe excelentes profissionais.

Aqui está apenas o meu desabafo e indignação novamente, e queria eu estar aqui postando notícias de tecnologia, ou qualquer assunto mais leve e tranquilo.

Quero deixar bem claro porém que essas profissionais que cito nesse e nos posts anteriores, têm um currículo e uma história que as precedem e portanto não necessitam de apadrinhamentos ou favores outros para estarem onde estão, como mulheres que são têm que viver em um mercado sexista e por que não dizer preconceituoso, matando um leão por dia.

Gláucia tem um sorriso largo e jeito de menina, e sei que seus ouvintes sentirão muita a falta da sua bela voz, mas como ela mesma diz: “A Tabajara sem Gláucia, continuará a mesma rádio. Gláucia sem a Tabajara continuará alegre, sorridente e com um coração aberto para se solidarizar com as pessoas e não se acovardar por nada. Essa sou eu e nada, nem ninguém mudará!!! Eu sou de paz, EU SOU DO BEM!”

Sou obrigada a discordar que a Tabajara não será mais a mesma sem Gláucia, sem Márcia, assim como a CBN não será mais a mesma sem Edileide. Nós profissionais de comunicação temos a dádiva de trabalhar contando histórias, e só Deus sabe que eu queria contar uma história diferente para o mercado de jornalismos para nós mulheres e mais uma vez reitero que nenhuma voz se cala por muito tempo.