Mais de 100 presos vão votar domingo em JP

Em João Pessoa, 107 presos provisórios estão aptos a ir às urnas nas eleições municipais do próximo domingo. As seções eleitorais serão montadas no interior das unidades penais e o processo transcorre no mesmo período que em outros locais de votação. A expectativa do secretário de Administração Penitenciária (Seap), Washington França, é que o pleito transcorra de forma tranquila.

Serão 75 mulheres que irão votar na sessão especial de nº 469 da Penitenciária Feminina Júlia Maranhão e ainda 32 presos provisórios da penitenciária desembargador Flósculo da Nóbrega, o presídio do Róger, que votam na seção de nº 247.

Conforme o chefe de cartório da 1ª Zona Eleitoral, Fernando Menezes, será disponibilizada uma urna eletrônica.

De acordo com o secretário Washington França, as atenções serão redobradas durante a votação. “A segurança acontece normalmente, como em qualquer outro dia, mas iremos redobrar a atenção. Como o número de presos que irão votar é pequeno, acreditamos que o processo deve ser concluído rapidamente”, frisou o secretário Washington.

No presídio do Róger, quatro agentes penitenciários foram convocados e capacitados para desempenhar a função de mesários na sessão instalada na unidade penal. Conforme o chefe de cartório da 1ª Zona Eleitoral, Fernando Menezes, apenas os apenados poderão votar na sessão, ficando excluída a participação de qualquer funcionário do presídio.

A Seap ainda analisa a possibilidade de suspender as visitas previstas para ocorrer no próximo domingo. “Naturalmente ainda vamos ter que analisar se as visitas serão possíveis. Estamos naturalmente em um período de muita tensão com a eleição e não podemos descuidar também da segurança nas unidades penais”, concluiu o secretário Washington França.

Apesar de possuir o direito de votar assegurado pela Constituição, os adolescentes que cumprem medida socioeducativa no Centro Educacional do Adolescente (CEA) e Centro Educacional do Jovem (CEJ) não irão participar do processo eleitoral este ano. Conforme a vice-diretora do CEJ, Cízia Romeu, a solicitação não foi feita dentro do prazo estipulado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“A realidade é que muitas vezes os adolescentes chegam à instituição sem qualquer documento pessoal, o que é um grande problema e isso atrapalhou o processo. Estamos terminando de regularizar toda a documentação dos meninos e grande parte não possui título de eleitor”, explicou Cízia Romeu.

A meta da gestora é para que nas eleições de 2014 os internos que possuírem título de eleitor possam votar. “Seria uma iniciativa maravilhosa para o exercício da cidadania. Temos meninos que já possuem o título mas infelizmente não vão poder votar”, completou Cízia Romeu.