DEBATE

Magistrados acreditam na seriedade da Lava Jato e independência dos poderes: 'tentam criminalizar o Judiciário'

Quatro juízes participaram do programa Master News na noite desta quinta-feira

Os juízes Aparecida Sarmento, José Ferreira Ramos Júnior, Carlos Antonio Sarmento e Lúcia de Fátima Ramalho participaram de uma mesa redonda no programa Master News, da TV Master, na noite desta quinta-feira, 22, discutindo assuntos da atualidade na política e cotidiano.

Questionados sobre a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que emitiu mandado de prisão ao ex-ministro da Fazendo, Guido Mantega, na 34ª fase da Operaçãop Lava Jato e, após tomar conhecimento de que a esposa de Guido estava sendo submetida a procedimento de tratamento contra um câncer, no momento em que ele foi detido no Hospital Albert Eisntein, os quatro juízes concordam que Moro agiu bem e que só emitiu a ordem de prisão por desconhecer o fato.

Os quatro participantes da mesa redonda desta noite destacaram o importante papel que está sendo feito na Operação Lava jato. Eles responderam perguntas sobre o contexto brasileiro de uma possivel “guerra” entre os três poderes constituídos.

juizes 1A magistrada Lúcia de Fátima destacou que muitas vezes os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se confundem. Para ela, o Judiciário muitas vezes agem além do cumprimento das leis e, por vezes, segundo ela, está agindo como legislador.

Aparecida Sarmento destacou que o Judiciário tem cumprido seu papel, seguindo o rito legal e as provas. Ela destacou que existe uma certa criminalização do Judiciário que fragiliza a democracia do país.

Sobre a possibilidade dos políticos envolvidos na Lava jato serem anistiados, Ferreira Júnior disse que o Judiciário faz uma apuração de fatos e denúncias, que culminam numa sentença que pode condenar ou não os acusados. “Quem deve é que teme”, pontuou. O magistrado falou sobre a liberdade das pessoas e destacou sua visão otimista sobre o futuro.

juizes 2Carlos Antonio Sarmento disse que avalia o atual momento como amadurecimento da democracia, ele falou que o Brasil e o Judiciário não estavam acostumados a trabalhar dessa forma e agora estão lidando com uma nova forma de trabalhar. “A população tem que estar alerta ao que acontece, não confie em um país em que os poderes não possam desenvolver suas atividades, os juízes que analisam provas estão sendo criminalizados e isso tem que ser visto e analisado pela população.
Créditos: Polêmica Paraíba – Ívyna Souto