Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, morta em 2010 pelo goleiro Bruno Fernandes, disse se sentir inconformada com a decisão de soltura do acusado.
“Seis anos e sete meses pagam uma vida humana? Sou leiga para falar em leis, mas gostaria que a Justiça fosse mais ampla. Gostaria que ele cumprisse os 22 anos que foram dados a ele”, afirmou.
“Por que ele acabou com a vida da minha filha de forma tão cruel e covarde? Queria dizer para o Bruno o seguinte: se você sofrer um por cento do que eu sofro hoje, você saberia o porquê de tanta revolta”.
Logo após ser solto, Bruno disse que nem mesmo se tivesse prisão perpétua no Brasil a vítima estaria de volta.
“Vou recomeçar. Independente do tempo que eu fiquei preso. Se eu ficasse lá, [se] tivesse prisão perpétua, por exemplo, no Brasil, não ia trazer ela [Samudio] de volta”, afirmou.
O ex-goleiro do Flamengo foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro, cércere privado e ocultação de cadáver. Ele cumpriu seis anos e sete meses do total, segundo informações do UOL.
Na noite da última sexta-feira (24), Bruno deixou a Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) de Santa Luzia (MG), na região metropolitana da capital mineira, após determinação do ministro Marco Aurélio Mello, em decisão liminar (provisória).
Agora, ele ficará em liberdade enquanto o recurso contra a condenação não é apreciado pela justiça.
Créditos: Notícias ao Minuto