Luciano garante transparência

Rubens Nóbrega

O deputado Luciano Cartaxo, prefeito eleito da Capital, garante que a transição entre a atual e a futura administração municipal de João Pessoa está sendo conduzida dentro da mais absoluta transparência.

Em rápida ligação telefônica anteontem à noite, disse ao colunista que todos os dados coletados estão disponíveis e ele mesmo os tem repassado à imprensa sempre que instado a prestar informações.

Segundo ainda Luciano Cartaxo, o resultado da transição será objeto de um relatório conclusivo sobre tudo o que está sendo levantado, discutido, encaminhado ou planejado para o futuro.

Contato e explicações do novo alcaide vieram após cobrança que fiz esta semana por mais transparência na transição. Mas foi cobrança genérica, dirigida a todos os eleitos, não particularmente ao comitente Luciano ou a seus comissionários.

De qualquer modo, é bom saber que o homem prestou atenção e não se furta a prestar esclarecimentos, atitude que desde já o diferencia de muitos de seus antecessores, incluindo aquele que vai suceder.

Espero e torço muito para que continue assim depois da posse, pois, como já disse em artigos anteriores, ninguém aguenta mais ver sucessivos empossados, uma vez empoderados, traindo compromissos assumidos em campanha.

Devo relembrar, contudo, que cobrei (mais) transparência em tom de sugestão, indicando que reuniões da Comissão de Transição deveriam ser abertas ou, então, que realizasse audiências públicas.
Aí, sim, para além de entrevistas que Luciano e outros possam dar, a transparência que tenho como real, efetiva, permitiria à população e segmentos organizados dela participarem proativamente.

Para tanto, o povo precisa saber tin-por-tin-tin o que aconteceu, acontece e pode acontecer na Prefeitura, começando pelos recursos públicos que sustentam a máquina e os serviços prestados pelo governo municipal.

Tal providência me parece tão necessária quanto óbvia, tão óbvia que sequer precisaria ser dita. Mas é sempre bom lembrar, inclusive porque a gente pode até saber facilmente o que foi e está sendo, mas carece, sobretudo, ter segurança do que virá.

Vale muito a pena, pra fechar, repetir o velho e bom clichê: informação sobre o que se passa com o poder público é direito do cidadão, antes de qualquer coisa, e, no final das contas, irrecusável dever dos agentes públicos.

Em especial aqueles que a gente escolheu nas urnas para governar nossas cidades.