Luciano Cartaxo na situação

Paulo Santos

A pouco menos de uma semana para o término do prazo formal de formação de chapas o candidato do PT é o primeiro a mostrar concretamente as companhias com as quais se apresentará diante do eleitorado. Já havia conseguido o compromisso do PP e PRB.

Agora o PPS ao distinto público e ainda pode, de quebra, chegar ap fo, dps festejos juninos desfilando com o prefeito Luciano Agra no Ponto de Cem Réis.

Como indagaria um velho e querido sábio companheiro “isso é bom ou é ruim?”. A olho nu ainda nçao dá para vislumbrar no horizonte se Luciano Cartaxo vai trafegar, até outubro, em céu de brigadeiro ou se está gestando tempestades. É provável, entretanto, que ele chegue aos debates de campanha com um carimbo difícil de apagar: o de candidato oficial.

O rótulo pode cair-lhe no colo porque será, conforme o andar da carruagem, o candidato da preferência de Luciano Agra. De uma só articulada deixará de ser o mentor da terceira via de oposição, terá que arquivar o discurso oposicionista que embalou suas esperanças da tribuna da Assembleia e, ainda mais, não terá srgumentos para combater coisas como Jampa Digital, Cuiá, merenda escolar, etc.

A consolidação do acordo poderá causar, a Luciano Cartaxo, perda de credibilidade porque pode estar abandonando a mensagem que tentou impregnar na consciência da população. Será o novo de braços dados com a administração de oito anos que ele a princípio defendeu – inclusive como líder na Câmara – e depois renegou tornando-se vice-governador num casamento meia lua do PT com o PMDB e depois na condição de deputado estadual.

O problema é que Luciano Cartaxo haverá de argumentar que o copo pode estar meio vazio para uns e meio cheio para outros. Para início de conversa estará formando aliança com os dois mais novos adversários do governador Ricardo Coutinho. UM – o prefeito Luciano Agra – com rompimento traumático. O outro – Nonato Bandeira – com afastamento mais ou menos suave dependendo do ângulo que se vê.

Cartaxo e seus novos aliados podem até não admitir, mas esse acordo firmado entre PT e PPS dá ao jornalista Nonato Bandeira a chamada “saída honrosa” que esperava, depois de ter imitado São Pedro com várias juras de que nçao renunciaria, de que manteria sua candidatura até o fim e outras declarações e promessas que só um por cento do eleitorado pessoenses acreditou até a pesquisa de domingo, 24 de junho.

Não se faz política sem riscos e Luciano Cartaxo está consciente dos riscos que corre. Ele e seus aliados – como Os deputados Anísio Maia e frei Anastácio, bem como o ex-deputado e presidente estadual do PT, Rodrigo Soares – devem saber o que fazem ou não se aventurariam em formar essa aliança.

Não é possível vislumbrar, também, se Cartaxo herdará os generosos percentuais que o prefeito Luciano Agra apresentava nas pesquisas. Pode não ter os bônus e ainda ter que arcar com o ônus. Uma vez como candidato de situação veremos qual a bandeira que Luciano Cartaxo desfraldará. Suas reais intenções serão colocadas á prova diante da população pessoenses que, segundo as pesquisas, está sedenta de dar vitória à oposição a quem encarna a oposição a Ricardo Coutinho. Ser apoiado por Luciano Agra significa ser candidato de situação.

DEBATE
Quem deve estar desembarcando em João Pessoa, nos próximos dias, é o procurador federal Guilherme Ferraz, que autou por muito tempo na Capital paraibano. Feixa o Rio de Janeiro para vir orientar promotores e procuradores paraibanos num assunto que entende: questões eleitorais.

HORROR
Não são poucos os clientes da Unimed horrorizados com a situação do hospital de João Pessoa. Os relatos dos problemas são dramáticos de pessoas atendidas com sérios problemas de saúde, incluindo a velha conhecida dengue. As reclamações nçao espacam a ninguém, crianças, jovens ou adultos. Se pertencesse ao Sistema SUS ninguém estranharia que estivesse nessa situação.

HAJA FESTA
Esse é o período mais aguardado pela cambada que frauda concursos, licitações, etc. É tempo de quadrilha.

DESEMPREGO
Cerca de 500 pessoas estão passando o período junino com os nervos à flor da pele, São pequenos funcionários da Assembleia Legislativa da Paraíba, contratados como “serviços prestados”. Segundo s Rádio Corredor, serão exonerados por recomendação do Ministério Público do Estado. O mesmo Ministério Público que, há alguns dias, recebeu autorização para contratar, com vultosos salários, centenas de pessoas para “cargos comissionados”.

PERGUNTAR NÃO OFENDE
Maluf pode viajar com Lula para o Exterior? Cartas para… Deixa pra lá.