O atrito entre o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), e o grupo Globo pode atingir uma série de parcerias firmadas entre a empresa e o município.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, durante os oito anos de gestão de Eduardo Paes (PMDB) a grupo atuou em áreas-chave da cidade, como educação e cultura.
A Fundação Roberto Marinho, por exemplo, é responsável pela reforma do edifício D. João para sediar o Museu de Arte do Rio (MAR) e pela concepção do Museu do Amanhã.
A prefeitura teria pagado R$ 132 milhões ao conglomerado, por meio da Fundação Roberto Marinho e da Infoglobo, sem incluir pagamentos por publicidade.
Ligado à Rede Record, Crivella já chamou a TV Globo de “inimiga jurada” de sua candidatura. O prefeito eleito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, dona da Record.
Ainda de acordo com levantamento independente a Folha de S. Paulo, não recebeu nada dos R$ 86 milhões pagos em publicidade pelo município neste ano. No ano passado, a emissora do bispo Edir Macedo recebeu R$ 4,5 milhões dos R$ 105,4 milhões gastos, enquanto a TV Globo obteve cerca de R$ 23 milhões.
Aliados do prefeito eleito afirmam que a relação de Crivella com a Globo será “pragmática”. No entanto, a redistribuição de verbas é dada como certa, já que um dos principais conselheiros políticos do prefeito eleito é Isaias Zavarise, ex-diretor de marketing da TV Record. As emissoras não quiseram se pronunciar sobre o caso.
Créditos: Notícias ao Minuto