Leonardo pede Referendo em vez de Plebiscito

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“Entre não ter nenhuma reforma e tê-la por plebiscito, fico com a segunda opção”, destacou o deputado federal Leonardo Gadelha (PSC) em entrevista ao portal Paraíba.com.br nesta terça (9). Contudo, o parlamentar destacou que um terceiro modelo seria o mais adequado com a participação do congresso ou legislativo autônomo e depois a realização de um referendo.

Gadelha ressaltou que o Congresso nacional já tenta construir essa reforma política há 25 anos e destacou que dois meses é um período muito curto para já colocá-la em votação num plebiscito.

“Tentemos construir no congresso e depois um referendo popular. O importante é colocar a população para tomar a decisão”, destaca.

Para o deputado 60 dias é um prazo muito curto e virtualmente impossível legislativamente estabelecer regas e divulgar para a população. “Pode ter a emenda pior que o soneto”, aponta.

O deputado destacou que o Congresso está dividido em relação a aprovar o plebiscito para este ano, tentar que ele seja votado junto com as eleições de 2014 ou ser realizado um referendo popular, mas destacou que a questão não é de ser a favor ou contra o plebiscito, mas contra ele ser realizado agora. “Minha grande preocupação é dar embasamento para a população”, explica.

Gadelha comentou que já existe uma PEC de sua autoria para que seja feita uma mini-constituinte para ser levada a referendo. “O Congresso tem que cumprir sua obrigação e fazer isso (plebiscito) é covardia”, reclama.

De acordo com Gadelha, a presidente não agiu errado, pois existe uma perspectiva de mudança nos costumes políticos que passa pela mudança na legislação, mas ratifica que uma mudança ‘tão importante’ não pode ser feita de forma muito acelerada.

O deputado explicou que para um plebiscito ficar pronto para votação primeiramente precisa ter o apoio de 171 parlamentares para então começar a tramitar. Com essas assinaturas, a matéria passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois pela Comissão de Mérito e Plenário para então fazer o mesmo trajeto no Senado. “Quando é grande o acordo você consegue derrubar os prazos, mas acho que não haverá acordo, não acho que vai tramitar tão celeremente e na quarta-feira já começa o recesso da Câmara e Senado. Será mais um atraso, se eu tivesse que apostar acho difícil cumprir caso o plebiscito seja definido para o dia 8 de setembro”, explica.