Defensor da transposição de águas do Rio São Francisco como solução definitiva contra os efeitos da seca, o deputado federal Leonardo Gadelha (PSC-PB) trabalha neste momento também em favor de medidas emergenciais que minimizem os danos causados pela pior estiagem dos últimos 50 anos no Nordeste. A região polarizada por Sousa, na Paraíba, é uma das prioridades nas intervenções do parlamentar. Nos últimos dias, ele participou de reuniões no município com o prefeito André Gadelha (PMDB), representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e lideranças políticas.
De acordo com Gadelha, a solução para o crônico déficit hídrico daquela região ocorrerá em três etapas: uma emergencial, outra de médio prazo e, finalmente, a definitiva. “Primeiro, em caráter emergencial, precisamos que a Agência Nacional de Águas outorgue 6 milhões de metros cúbicos do açude de Engenheiro Ávidos para São Gonçalo”, explica o vice-líder do PSC na Câmara dos Deputados.
“Com a chegada dessas águas, nós teríamos um fôlego de 60 a 90 dias, sem precisar intensificar o racionamento de água e mantendo a produção agrícola do Perímetro Irrigado de São Gonçalo”, diz. No médio prazo, segundo Gadelha, é preciso concretizar um projeto, já levado por ele ao conhecimento do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, com a construção de um canal de 17 km ligando o Canal da Redenção, para trazer águas do açude de Coremas ao Perímetro Irrigado de São Gonçalo.
“É um projeto de mais de R$ 30 milhões. Queremos que seja feito em um rito de urgência, e se possível sob a responsabilidade do Exército Brasileiro, justamente para dispensar processos burocráticos, para que a gente possa ter essa água chegando à nossa região num espaço de tempo muito curto, algo em torno de seis meses”, afirma o deputado do Partido Social Cristão.
“Finalmente, a situação que consideramos definitiva, no longo prazo, é a conclusão da transposição de águas do Rio São Francisco, cujas águas cairão justamente nos açudes de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo”, diz. Dessa forma, explica Gadelha, o Rio do Peixe e o Rio Piranhas serão perenizados, garantindo água em abundancia por 50 ou 100 anos.
“Nós precisamos, portanto, lutar nas três frentes: primeiro, assegurar a chegada de água em caráter emergencial; depois fazer com que o projeto da adutora – do Canal da Redenção para o Perímetro de São Gonçalo – saia do papel; e, por fim precisamos acelerar as obras de transposição do Rio São Francisco”, diz.
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