O juiz federal Sérgio Moro mandou prender, na segunda-feira (26/2), mais dois alvos da Lava Jato em execução de pena após condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O magistrado autorizou a transferência do empresário Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), e do publicitário Ricardo Hoffman para o Complexo Médico-Penal de Pinhais (PR), onde estão os presos da operação.
“Exaurida a segunda instância após o julgamento de embargos de declaração contra o acórdão dos infringentes, as penas devem ser executadas como previsto expressamente no acórdão condenatório. Não cabe a este Juízo discutir a ordem”, anotou Moro. “Agrego apenas que, tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, a execução após a condenação em segundo grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e, na prática, a impunidade de sérias condutas criminais.”
A Corte de 2ª instância condenou André Vargas a 13 anos, 10 meses e 24 dias de reclusão em regime inicial fechado por corrupção passiva e lavagem. Leon Vargas pegou, pelos mesmos crimes, 10 anos, 10 meses e 12 dias. Já Ricardo Hoffman recebeu pena de 13 anos, 10 meses e 24 dias de reclusão, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
André Vargas está preso desde abril de 2015. Por isso, Moro não mandou expedir novo mandado. Conforme a acusação da Lava Jato, o ex-deputado recebeu cerca de R$ 1 milhão como vantagem indevida de Ricardo Hoffman, então dirigente da agência de publicidade Borghi e Lowe. O ex-parlamentar teria sido auxiliado por Leon Vargas.
A reportagem tentou contato com a defesa de Leon Vargas bem como localizar as defesas de André Vargas e Ricardo Hoffman. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles