Não estranhem a manchete deste post. A ‘justiça’ aparece assim, entre aspas mesmo, porque o que aconteceu com o comerciante de 62 anos, dono de uma banca de jornal, não pode ser chamado de justiça.
Na semana passada eu comentei aqui no Cafezinho os privilégios absurdos que os juízes brasileiros possuem (leia aqui e aqui). Algo sem comparação com qualquer outro país do mundo. Enquanto o Brasil gasta com o Judiciário quase 2% do PIB com salários, benefícios e adicionais que ultrapassam — e muito! — o teto constitucional, a maioria das nações não gasta sequer 0,5% do PIB com seus juízes e desembargadores.
Os juízes no Brasil parecem pertencer a uma casta superior. Nós, o povo, somos meros mortais, e eles, os juízes, são ‘deuses’.
Um senhor de 62 anos foi condenado a 7 anos e 4 meses de prisão apenas porque xingou um juiz no Facebook. Tem cabimento isso? A impressão é que o Judiciário brasileiro perdeu completamente a noção, o bom senso.
Não estou aqui defendendo o ato do comerciante. Xingar é errado? Sim, mas ele perdeu a banca de jornal, estava com a cabeça quente, acontece, é normal. Não cometeu nenhum crime.
Infelizmente foi se meter com um juiz e sabe como é? Juiz no Brasil é Deus. Vide o caso daagente do Detran que enquadrou um magistrado que dirigia um veículo sem placa e, ainda por cima, sem carteira de motorista. A coitada estava apenas exercendo seu trabalho, mas foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil.
Créditos: O Cafezinho