Juiz quebra sigilo de 50 pessoas na internet

O juiz da 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, Ruy Jander Teixeira, determinou a quebra do sigilo cadastral na internet de mais de 50 pessoas que postaram mensagens no Twitter e Facebook com montagens e ataques denegrindo a imagem de candidatos a prefeito. Ele disse que, após serem identificados, os internautas vão responder por crime eleitoral.

“Eu já quebrei o sigilo cadastral na internet de mais de 50 pessoas. Com a quebra, viabilizamos que a Polícia Federal identifique o IP, o e-mail de onde partiu a postagem. Com isso, nós vamos identificar os casos de crime eleitoral. Quem praticou difamação, injúria ou calúnia vai responder judicialmente independente da propaganda ter iniciado e a eleição ter passado ou não”, asseverou Ruy Jander. Ele garantiu que, “se o crime existiu, vai ter que ser apurado”, disse.

O endereço IP, de forma genérica, é uma identificação de um dispositivo (computador, impressora, etc) em uma rede local ou pública. Cada computador na internet possui um IP (Internet Protocol ou Protocolo de internet) único, que é o meio em que as máquinas usam para se comunicarem na Internet.

MUDANÇA
Para Ruy Jander, que é coordenador da Propaganda de Mídia e Internet, é preciso rever a legislação sobre a utilização das mídias sociais durante a campanha eleitoral. “Estamos com um problema sério que é a questão dos provedores defendendo propagandas que ridicularizam e que degradam candidatos, ou se recusando a retirar as propagandas, alegando liberdade de expressão. Até mesmo aquelas feitas sob o anonimato que a lei eleitoral veda expressamente. Permite-se a crítica desde que a pessoa assuma, diga quem é e não no anonimato”, frisou.

No primeiro turno, a A recusa do provedor Google Brasil Internet em cumprir a decisão para retirar o vídeo postado no YouTube do usuário Humor Paraíba com sátira ao candidato a prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), levou o juiz Ruy Jander Teixeira a determinar a prisão pela Polícia Federal do diretor geral da empresa no Brasil, Edmundo Luiz Pinto Balthazar, que reside em São Paulo. Edmundo recorreu ao TRE e conseguiu uma liminar, livrando-se da prisão.