A pesquisa Vox Populi, divulgada na semana passada, mas rapidamente retirada do portal da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), contratante do levantamento, fez pergunta neste sentido aos paraibanos.
As respostas são quase óbvias.
O principal problema da Paraíba é disparado à saúde (hospitais e postos de saúde), com 43% das indicações como o primeiro problema do Estado. Mas a saúde é também apontada como o segundo problema da Paraíba por 28% dos entrevistados e o terceiro, com 12% indicações, o que perfaz um índice de 83%. É muito.
Interessante que o segundo problema é a educação (falta de vagas, merenda, professores), com 17%. A educação é o segundo problema do Estado na opinião de 18% e o terceiro para 16% dos paraibanos.
A segurança pública, um dos temas mais discutidos na imprensa e pelos políticos, é apontada como o terceiro problema, com 16%. E é o segundo problema para 24% dos entrevistados e o terceiro para 21% dos paraibanos.
O emprego (ou a falta dele) é o principal problema para 11%, o segundo para 13% e o terceiro para 26% dos pesquisados.
Na quarta colocação aparece o problema das estradas ou rodovias, com 7%.
A falta de apoio aos agricultores é o mais significativo problema da Paraíba para 4% dos entrevistados e a habitação (más condições de moradia) é apontada como o primeiro problema do Estado por apenas 1% dos eleitores estaduais.
No geral, não existe mistério: tem-se que os serviços públicos são os principais problemas do Estado. E os três serviços públicos essenciais.
A pesquisa parece revelar que os gestores estaduais – do passado e de agora – fizeram ou fazem ouvido de mercador aos apelos da população. Candidatos a governador ou a prefeito, assim como candidatos ao parlamento, sempre apresentam como propostas de governo ou de ação a realização de grandes projetos, mas juram que saúde, educação e segurança são prioridades. Todavia, a prática é bem diferente das promessas.
As manifestações de rua de junho último sugeriram que a população está mais exigente na cobrança dos serviços públicos. Por isso, pode ser que agora, nas eleições do próximo ano, os eleitores usem o critério do serviço público para avaliar os candidatos e definir o voto.
Com certeza, poucos políticos passarão na avaliação.