Por que o vice-prefeito Nonato Bandeira está ganhando a disputa pelo comando do PPS na Paraíba?
As notícias de Brasília são de que a Comissão Eleitoral do PPS recomendou a destituição do Diretório Estadual do partido na Paraíba, com a criação de uma comissão provisória sob a coordenação do vice-prefeito de João Pessoa, jornalista Nonato Bandeira.
A decisão, se concretizada, retira a direção estadual do PPS do controle da deputada Gilma Germano, que é ligada ao governador Ricardo Coutinho, e põe a legenda na oposição.
O presidente nacional da legenda, deputado Roberto Freire, minimizou o problema, negando a intervenção e afirmando que o desfecho depende de decisão da Executiva Nacional.
Seja como for, a recomendação da Comissão Eleitoral terá força e a tendência é efetivamente a intervenção na Paraíba.
Existem duas razões possíveis para a recomendação da Comissão Eleitoral. A primeira é a de que Nonato Bandeira deve ter apresentado um plano de participação nas eleições de 2014 mais de acordo com a estratégia nacional eleitoral do PPS. Provavelmente deve ter oferecido sua própria candidatura a deputado federal.
O que conta para os partidos é o tamanho da bancada federal, que define tempo de televisão, percentual de participação no fundo partidário e poder de negociação no Congresso.
Outra razão pode ser um sinal de que a candidatura do senador Cássio Cunha Lima a governador está efetivamente cogitada. O PPS tem sido um dos principais aliados do PSDB nos últimos anos. Muitas alianças regionais têm sido feitas por causa dessa aliança nacional. Inicialmente, o deputado Roberto Freire se inclinou pela candidatura do senador Eduardo Campos à presidência, mas hoje já parece totalmente alinhado aos tucanos.
Assim, o PPS pode estar se distanciando do governador Ricardo Coutinho numa perspectiva de ficar com a candidatura de Cássio a governador em 2014.
Lógico que essas duas razões não são excludentes. Podem operar juntas.