Os candidatos ao Senado, José Maranhão (PMDB) e Lucélio Cartaxo (PT), resolveram externar os sentimentos. Calados e fazendo a política da boa vizinhança, há alguns dias, resolveram, agora, abrir-se. Parece que a tensão trazida pela incerteza sobre a aliança forçada entre seus partidos começou a borbulhar. Tudo ficou mais intenso depois que o desembargador do TRE, João Alves, resolveu “pular uma fogueira” e entregou à Corte Eleitoral a decisão de manter a união entre PT e PSB, ou obrigar, a pedido da executiva nacional do partido, uma aliança dos petistas com PMDB.

A troca de farpas começou quando Maranhão disse ter certeza que a Justiça vai favorecer o PMDB, dando a entender, para muita gente, inclusive Lucélio, que tem não só argumentos jurídicos para acertar qual será o desfecho do imbróglio. Ele acrescentou que se o PT for favorecido, a vaga de senador é dele e Lucélio teria que se contentar com a disputa à Câmara Federal. Cartaxo, por sua vez, usou sua veia irônica para perguntar se o ex-senador Maranhão era membro do TRE ou vidente para adivinhar o resultado. Acrescentou ainda que o PMDB está agindo desesperadamente e tentando chantagear para conseguir “voltar” ao poder.
Maranhão tentou até silenciar, mas nas últimas declarações, afirmou que as estratégias do PT e de Lucélio falharam. Acrescentou, ainda, que não iria perder tempo para responder o irmão do prefeito de João Pessoa. O falatório provocou mais faísca com Vitalzinho (PMDB), candidato ao governo. Ontem, como forma de demarcar território, declarou que ele é o “responsável” pela campanha da presidente Dilma na Paraíba e não os petistas Luciano Cartaxo, Charlinton Machado e Giucélia Figueiredo, como também anunciaram.
O julgamento do processo contra a aliança do PT – PSB, na Paraíba, vai ser apreciado junto com o pedido de registro de candidatura, até 5 de agosto. Muito tempo para brigas, farpas e tergiversão. Um pouco mais de tempo para colocar dinamite numa aliança que, se vingar, formalmente, de direito, já foi pelo ares. Nos bastidores, não há mais consideração. Publicamente, não há mais desejo e, muito menos, clima.
Quase livre
A acusação de propaganda irregular contra deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), nas eleições de 2012, começou a ser julgada no TRE. O desembargador João Alves pediu vista. O relator do caso e o MPE pediram absolvição e a parlamentar deve se manter elegível. Está quase livre.

Nomeada
A irmã do ex-senador Efraim Morais (DEM), Maria de Fátima Araújo Morais, foi nomeada diretora administrativa e financeira da Rádio Tabajara. Agora, é a mulher que cuida das nomeações e dos gastos.

Apoio
No fim do mês passado, Efraim que foi secretário do governo, declarou apoio a Ricardo Coutinho. No dia da convenção ainda se cogitou um rompimento. Mas tudo ficou acertado.

Família
Integrantes da família Morais ocupam outros espaços no governo socialista, como o advogado e professor George Ventura Morais, diretor-presidente da PBGás; e Inácio Morais, secretário de Infraestrutura do Estado. Respectivamente, filho e irmão de Efraim.

Verve política 
O candidato ao Senado pelo PT, Lucélio Cartaxo, parece que resolveu assumir a verve política do irmão, Luciano Cartaxo. Na plenária que uniu militantes petistas e socialistas, esta semana, usou um bom tempo do discurso para alfinetar os adversários cassistas e maranhistas. A ideia é assumir o perfil de candidatura do campo democrático popular e estabelecer uma luta contra a política das famílias tradicionais.

Passe livre 
O deputado Anísio Maia (PT), autor da lei do passe livre nos transportes coletivos do estado para alunos da rede estadual, informou vai apresentar uma emenda à lei e colocar em votação na AL.

Direito
A ideia, segundo ele, é estabelecer um prazo para o estado e empresas regulamentarem a lei. Ou seja, dar um tempo para que se defina como os estudantes podem ter, efetivamente, o direito garantido.

Reforço
O jornalista Célio Alves saiu da secretaria executiva da Comunicação do governo. Vai integrar a equipe de campanha de reeleição do governador RC (PSB). Dessa vez foi reforço e não baque.

Boa conversa 
É de porta em porta, recorrendo aos velhos amigos e refazendo contatos no interior, que a candidata a deputada estadual, Aracilba Rocha, tenta conseguir voto. Aracilba admitiu que estão cobrando “caro” pelo apoio e ela só tem, mesmo, boas intenções.

Ativo
Enganou-se quem achou que Maranhão não tinha mais fôlego para entrar em campo. Busca reativar velhos apoios e resgatar dívidas de velhos conhecidos. Assim, vai costurando apoios com prefeitos e vereadores do interior. Parece mais ativo do que esperava. Wilson e Lucélio tem trabalho.