O jornalista Marcone Ferreira foi surpreendido com sua demissão, na tarde da última sexta, após seis anos de TV Arapuan. Através de relato de despedida que fez através do blog que mantém, Ferreira disse que não pôde se despedir ao vivo porque não sabia da demissão, tão pouco que estava fazendo o último programa na emissora.
Marcone associou a demissão aos posicionamentos que teve contrários aos interesses do Governo do Estado e indicou algum tipo de pedido para que ele fosse tirado de cena: “mas há uma suposta influência do governo do Estado com a minha “degola”, normal “, publicou.
Veja a nota com o titulo “Missão Cumprida” publicada por Marcone Ferreira em seu blog:
“Desde às 14h20 minutos desta sexta (14) – sem saber que estava fazendo meu último programa Rede Verdade – que estou desligado do Sistema Arapuan de Comunicação. Fui demitido, depois de quase seis anos de Casa. A direção da emissora não informou a esse repórter os motivos da demissão sumária, mas há uma suposta influência do governo do Estado com a minha “degola”, normal – não deveria ser assim – neste período pós-campanha eleitoral e temporada de “caças as bruxas”.
Não tive tempo de fazer minha despedida de vocês que me viam pela telinha de segunda a sexta. Não me foi dada essa chance última. Simplesmente, eu “morri” para eles. Gostaria muito de ter falado como foi bom esse contato que tivemos durante esse longo período. Eu dentro dos estúdios de televisão, pedindo licença para entrar em sua sala e você do outro lado, concordando ou discordando das minhas analises.
Poderia ter sido um analista político polêmico. Mas não tinha como ser mais combativo. Era engessado e não me deram essa chance. Teria muito que dizer, mas muito mesmo. Porém, terei um tempão de vida para contar o que se faz com o sentimento de um profissional que sempre procurou ser correto.
Não comecei minha vida jornalistica agora. Estou nesta luta a pelo menos 38 anos. É a primeira vez que recebi uma carta de demissão e não sabia o que fazer com aquele papel que assinei. Segui apenas a orientação do funcionário Cristovão, que mesmo acostumado a essa situação senti que estava chocado. Como chocado também ficou o meu companheiro de bancada Anderson Soares, que Deus lhe proteja, sempre. Ele embranqueceu quando comuniquei: “amigo, estou demitido”. Pareceu que tinha sido com ele.
Não deu tempo para nada. Apenas colocar aquele papel dentro da bolsa, sair de mansinho e vir para casa. Agradeço aos amigos pela solidariedade. Não foram poucos. Senti que tenho muito amigos. Leais, acima de tudo. O whatsApp ainda não parou um só instante. A eles meus sinceros agradecimentos.
Portanto, missão cumprida! Não neste espaço, pois continuaremos conversando por aqui”.