Guerra das águas

João Azevedo responde ao MPF: "Eu garanto a viabilidade do fim do racionamento"

Após o Ministério Público Federal entrar com uma ação pedindo a volta do racionamento de água em Campina Grande e mais 18 cidades da Borborema, o Secretário de Recursos Hídricos do Governo, João Azevedo, disse em entrevista à rádio Tabajara que garante a viabilidade do fim do racionamento e que os tempos de politicagem deveriam ficar para trás.

“Nesse momento estamos levando água para mais de um milhão de pessoas, já atingimos o nível necessário para o fim do racionamento e isso eu garanto. Acho engraçado que quando acabamos com o racionamento na região do Cariri, não houve nada disso, todos se uniram em torno de um só objetivo, o que não vem acontecendo aqui em Campina Grande e Região” – disse o Secretário.

João Azevedo informou ainda que vai fornecer os laudos técnicos feitos pela Cagepa, Aesa, ANA e todos os órgãos responsáveis à Justiça e esperar que a decisão correta seja tomada.

A reportagem do Polêmica Paraíba tentou entrar em contato com o Procurador, Bruno Galvão, mas até o fechamento da matéria, não obteve sucesso.

ENTENDA O CASO:

O Ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande (PB) entrou com uma ação civil pública pedindo para que a Justiça Federal determine à Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) que retome o racionamento que vinha sendo adotado em Campina Grande e mais 18 cidades – liberado pela Justiça no dia 25 de agosto. O MPF divulgou nesta segunda-feira (4) que a ação com pedido de liminar foi impetrada na sexta-feira (1º).

A ação também pede que seja determinado à Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) e à Agência Nacional de Águas (ANA) que suspendam a autorização para uso agrícola das águas do Açude de Boqueirão.

Conforme o pedido, o racionamento deve ser mantido até que o açude passe a apresentar volume seguro. O MPF ainda pede a imposição de multa diária às entidades, no valor de R$ 100 mil, em caso de descumprimento de quaisquer das medidas judiciais determinadas pela Justiça.
Aesa afirma que não há prejuízo

O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes, disse que o racionamento foi encerrado com base em dados técnicos que comprovam que o açude Epitácio Pessoa não teria prejuízo com o fim da medida.

 
Créditos: Redação com G1