O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) apontou como “eleitoreira” a visita que a presidente Dilma Rousseff (PT) faz hoje (13) a Pernambuco, sob a justificativa de vistoriar as obras da Transposição do Rio São Francisco. “Nem mesmo os principais aliados da presidente no estado abriram mão de suas agendas para acompanha-la. Eles preferiram ficar distantes de uma programação que envolve uma obra que se arrasta há anos, com problemas de toda a ordem”, comentou o parlamentar.
Jarbas afirmou que a própria imprensa pernambucana estava cética quanto à necessidade da presidente visitar o estado. “A presidente Dilma Rousseff volta a dar sinais claros de que está completamente perdida e mal assessorada. Mais perdida do que cachorro quando cai do caminhão de mudança, como se diz no Interior do Nordeste. Apenas essa desorientação administrativa e política explica a visita-relâmpago que ela fará hoje a Pernambuco”, ironizou.
O peemedebista lembrou a visita que a presidente fez às obras da Transposição em outubro de 2009, ao lado do então presidente Lula (PT), como ministra da Casa Civil. “O fato é que se passaram quase cinco anos daquela ‘caravana’ eleitoreira e as obras da transposição ainda não foram encerradas. O mais recente balanço aponta para 57,8% de realização. Naquela viagem chegaram a prometer que as obras seriam concluídas no final de 2010. Agora, jogaram a data da conclusão para dezembro do próximo ano – sempre após uma eleição nacional, como a que ocorre este ano.”
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Jarbas rebateu ainda um possível patrulhamento por causa de suas críticas às viagens presidenciais. “Não venham afirmar que quem questiona essas viagens da presidente é contra o país, contra esses projetos prioritários. Obras como a Ferrovia Transnordestina e a Transposição do Rio São Francisco são fundamentais para o Brasil, pois ajudam a desenvolver uma das regiões mais carentes do país, que é o semiárido nordestino”, disse.
“[…] O que não dá para aceitar calado é a ineficiência do governo do Partido dos Trabalhadores em concluir as obras, de cumprir o prometido e o planejado. Também não posso concordar com a manipulação eleitoreira, com o uso da estrutura do Governo Federal para fazer a campanha da reeleição da presidente”, concluiu.
