A Justiça Federal da Paraíba deve julgar em breve o processo que acusa o ex-senador Wilson Santiago de passar empresas para o nome de laranjas e sonegar cerca de R$ 30 milhões à Receita Federal.
Candidato ao Senado, o nome de Wilson Santiago consta em relatório substancioso elaborado pela Receita Federal, na qual o candidato teria nomeado “dois laranjas”, Joao de Sousa Brito e Terezinha Alves de Oliveira, como responsáveis por empresas, que não tinham as menores condições de honrar com os autos de infração imposto pela Receita, tendo os bens transferidos para outra empresa, desta feita ao próprio Wilson Santiago e sua esposa, Maria Suelly de Oliveira, com sede no Distrito Federal.
Esta nova empresa (Terradrina Construções LTDA) está construindo inúmeros edifícios no Distrito Federal, provavelmente com o dinheiro sonegado da empresa constituída anteriormente pelos “laranjas”.
Os “laranjas”, João de Sousa Brito é semianalfabeto e até pouco tempo morava no Conjunto Tibiri, em Santa Rita, e trabalhava na obra do deputado federal Wilson Santiago, como servente de pedreiro. Enquanto Terezinha Alves de Oliveira sofre de insuficiência renal grave (conforme atestado anexo no processo) e vive totalmente reclusa. Os dois foram procurados exaustivamente pelos fiscais da Receita e nunca foram encontrados.
João de Sousa Brito continua trabalhando como servente numa obra em Águas Claras, nas redondezas de Brasília, já Terezinha Alves de Oliveira, continua recolhida na casa de um parente na capital Federal, onde depende de cuidados médicos especiais. Ambos pertencem aos quadros de funcionários da Câmara dos Deputados.
O candidato não poderá assumir se for condenado por infringir a Lei da Ficha Limpa.