Intoleráveis filas

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Arimatea Souza

Mal estar no ´ninho´
O ex-presidenciável José Serra (PSDB) comunicou oficialmente ao Ibope que é pré-candidato a presidente da República, e que o seu nome deve ser incluído nas pesquisas acerca do processo eleitoral de 2014.
Tradução: Serra deverá trocar de partido até outubro.
Articulados
Conforme o jornal Valor Econômico (SP), quatro deputados federais de oposição tiveram um alto percentual de liberação de recursos do Orçamento Geral da União, em 2012: Eduardo Gomes (PSDB-TO), João Campos (PSDB-TO), Luiz Fernando Machado (PSDB-SP) e Romero Rodrigues (PSDB-PB).

Oh garapa!
A ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos (PSB-PE), foi sorteada para ser a relatora das contas da presidente Dilma.

Da boca de…
“… De repente, vem a ideia de uma agenda positiva para enganar o povo. Vamos falar com franqueza. O povo quer mudanças. O povo não quer ajustes. O povo quer uma nova história, não quer pontos e vírgulas nos documentos oficiais. Essa agenda positiva é uma ilusão que estamos criando na população ou mesmo um engano…” (senador Cristovam Buarque, PDT/DF).

Estranheza
O ex-prefeito Veneziano estranhou as noticias veiculadas pela imprensa, dando conta de que o PMDB estaria sem comando em Campina, e que os vereadores da bancada na Câmara estão largados à própria sorte.

Normalidade
“Está tudo normal ´com os meninos´ – é assim que os trato”, garantiu o ´V´.

Tudo ao contrário
Ele considerou “especulações estéreis” a hipótese de os vereadores peemedebistas se incorporarem à base política do prefeito Romero Rodrigues.
“Não há acefalia nem distanciamento no PMDB de Campina. Muito pelo contrário”, reafirmou.

Superlativo
Veneziano citou nominalmente o vereador Ivan Batista, qualificando-o como “lealíssimo ao meu projeto”.

Coalizão
O ex-prefeito informou que o PTN e o PTC “farão uma coligação para a disputa proporcional em 2014”, mas estarão juntos com o PMDB na chapa majoritária.

Queixas
Têm sido constantes as reclamações da população de João Pessoa e – principalmente – de Campina Grande com relação à demora para o cadastramento biométrico junto à Justiça Eleitoral, com vistas ao pleito de 2014.

Origem
Mas por qual razão a Justiça Eleitoral não consegue melhorar satisfatoriamente esse atendimento à população?

Excepcionalidade
O Brasil é um dos poucos países do mundo que possui uma justiça especializada na área eleitoral.
Na maioria dos países quem cuida do processo é uma espécie de departamento.

Periódica 
A situação particular do Brasil faz com que a justiça eleitoral enfrente muitos problemas, uma vez que a demanda por serviços só ocorre de forma intensa a cada dois anos, quando da realização das eleições.

Por empréstimo
A justiça eleitoral funciona, na prática, com magistrados cedidos – por tempo definido e em escala de revezamento – por outras especialidades do Judiciário.
A sua organização é federal, mas com direta dependência do poder publico estadual.

Recrutamento 
No caso dos servidores a situação é ainda mais complicada.
O quadro próprio da justiça eleitoral é muito limitado e a única alternativa que sobra é pedir a cessão de funcionários às prefeituras.

A corda esticou
Diante dessa necessidade de realizar o cadastramento biométrico de todo o eleitorado das duas maiores cidades do Estado, vieram à tona os problemas estruturais.

Pode piorar
Isso vai se complicar nos próximos anos, quando o uso da biometria, ou seja, da utilização dos dedos como identificação pessoal, avançar para as demais cidades.

 Sem remédio
Um juiz eleitoral de Campina disse que não tem mais o que fazer para tentar reduzir as filas, porque o TRE descartou a possibilidade de ampliar, no curto prazo, a estrutura para fazer avançar o ritmo do cadastramento.
O TRE sequer cogita pagar horas extras ao pessoal já envolvido no trabalho.

A perder de vista
O resultado de tudo isso são filas imensas, desrespeitosas, que estão começando às 5 horas da manhã.
O cidadão tem, na maioria dos casos, perdido um dia de atividade para atender à convocação da justiça eleitoral
A quem recorrer?
Alguém tem que tomar uma providência.
É louvável o avanço tecnológico no processo eleitoral brasileiro. Mas isso não pode acontecer sacrificando o principal ator da eleição, que é o eleitor.
Lucélio Cartaxo, a estrela ´emergente´ no PT/JP…