Integrantes da Cruz Vermelha fazem inspeção no novo Trauma de Campina Grande

Uma equipe da Cruz Vermelha inspeciona as dependências do novo Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande na manhã desta sexta-feira (8). Funcionários da unidade revelaram que a equipe chegou às 7h30 e entrou em reunião às 8h com alguns integrantes da coordenação do hospital.

Nesta semana, o Governo do Estado anunciou que a organização sem fins lucrativos – do Rio Grande do Sul – vai assumir a administração do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa.

Como o acordo ainda não fechado em definitivo e publicado no Diário Oficial do Estado, a visita a Campina Grande levanta a hipótese da nova unidade, entregue à população nesta semana, ser incluída no projeto de pactuação.

A diretor do hospital, Geraldo Medeiros, ainda não confirmou a visita, porém funcionários da recepção confirmaram as informações. Disseram também que ainda não sabiam detalhes sobre o conteúdo das conversas entre a coordenação do Trauma e os integrantes da Cruz Vermelha.

Visita em João Pessoa

Na quinta-feira (7), cerca de 10 representantes da área técnica e administrativa da Cruz Vermelha começaram a executar o projeto de pactuação assinado com o Governo do Estado para gerir o Hospital de Emergência de João Pessoa.

O secretário de Estado da Saúde, Waldson Souza, esteve na unidade e presidiu uma reunião com a instituição, diretores e funcionários para apresentar o projeto e estabelecer metas nos próximos seis meses.

Segundo o secretário, todos os servidores, prestadores ou não, passarão por um processo de avaliação. “O governo, pela primeira vez, vai regularizar a situação funcional de quem está no Trauma desde 2001”, adiantou.

Entre as metas discutidas, estão a diminuição do tempo na realização de cirurgias de emergência em pacientes com risco eminente de vida de oito dias para 60 minutos, depois de estabilizados e a diminuição da mortalidade no ato cirúrgico para 0,7%. Outra meta discutida foi a diminuição nas taxas de mortalidade em menos de um óbito para cada 100 cirurgias e a diminuição do tempo de internação de 30 dias para menos de 15, entre outras.

Waldson Souza disse que o projeto de pactuação prevê ainda o acesso qualificado aos serviços de urgência e emergência do Trauma, o acolhimento aos usuários, o retorno ao perfil do hospital – que é o de atender às vítimas de urgência e emergência – e aumento no número de cirurgias de emergência em 30% no período de três meses. Outro projeto é o do processo de certificação chamado Acreditação, uma espécie de Iso na área hospitalar concedido por órgãos como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outros, a hospitais com excelência no atendimento.

Após a reunião, os funcionários da Cruz Vermelha realizaram uma visita interna aos setores do hospital, como a engenharia biomédica, central de esterilização de medicamentos, laboratório, comissão de controle de infecção hospitalar, recursos humanos, contas médicas, entre outros, para interação com os funcionários e para a execução das primeiras medidas.

O gestor do projeto do Trauma e consultor da Cruz Vermelha, Edmund Gomes, disse que espera conferir de volta a credibilidade com um bom atendimento à população. Dentro das metas pactuadas, ele adiantou que o projeto trará o aumento na produtividade funcional e melhorias nas condições de trabalho, pois o hospital tem todas as condições para isso.