Pouca gente sabe, mas hoje é o aniversário do Imperador do Brasil, ou melhor, Imperador de jure (que significa por direito, mas não necessariamente de fato). Filho mais velho entre doze irmãos, o imperador do Brasil nasceu na cidade de Mandelieu, na França e só em 1945, então com 7 anos, pisou pela primeira vez em terras brasileiras.
Seguindo a tradição familiar de longos nomes compostos, foi batizado Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança Wittelsbach. Dom Luiz, trineto do imperador Dom Pedro II, passou a chefiar a Casa Imperial do Brasil em 5 de julho de 1981, após a morte de seu pai, Dom Pedro III. Estudando sempre em colégios tradicionais, o monarca se formou em Química na Universidade de Munique.
Contestação
O título de Imperador de jure de Luiz Gastão sofre há anos contestações por parte dos monarquistas. Não só sua participação ativa na Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, é algo extremamente mal visto por alguns (uma vez que o grupo é de extrema direita), mas também devido a questões hereditárias. O trono coube ao ramo de Vassoura, ao qual Luiz faz parte, apenas após a renúncia de Pedro de Alcântara, filho da princesa Isabel, em 1908.
Ainda hoje os herdeiros de Pedro de Alcântara reclamam para si o título e a casa imperial.
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Já que não teve filhos, a sucessão imperial cabe a seu terceiro irmão, Dom Bertrand, uma vez que seu segundo irmão, Eudes, abriu mão da linha sucessória. Se chegar a assumir a Casa Imperial, Bertrand mudaria mais uma vez a linha sucessória, já que também não teve filhos. Após Bertrand assume o sexto filho de Dom Pedro III, Dom Antônio João. A partir daí a linha segue de forma hereditária passando para o filho de Dom Antônio, Rafael Antônio, filho mais novo. Isso ocorre por que Pedro Luiz, o filho mais velho, faleceu no acidente aéreo da Air France em 2009.
Atuação política
Bastante envolvido com questões relevantes ao seu país, a atuação política de Dom Luiz I é controversa. Ferrenho defensor dos valores conservadores, o imperador costuma viajar o país, sendo sempre recebido com honrarias. Ele é um dos principais nomes da TFP, a organização chamada Tradição Família e Propriedade, uma sociedade católica tradicionalista. Apesar da pompa e do título, o Imperador do Brasil é uma figura decorativa, sem possuir poder ou influência política de fato.
Fonte: Diário de Pernambuco
