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Manifestantes a favor e contra o impeachment se enfrentam, com “guerra de palavras de ordem” no Salão Verde da Câmara nesta segunda-feira. A maioria dos manifestantes a favor do impeachment é formada por advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que estavam no local para entregar um novo pedido de impeachment. Manifestantes contrários à saída da presidente Dilma Rousseff – que já tinham participado de ato no Anexo II da Casa – chegaram ao salão, quando começou a discussão.
Seguranças da Câmara se posicionaram entre os dois grupos, mas por enquanto o enfrentamento é apenas com palavras. Como em uma guerra de torcida de escola ou de futebol, um dos lados puxa palavras de ordem e o outro espera um pouco e reage com outro bordão.
Do lado dos que criticam o impeachment, entre as frases gritadas estavam: “Golpistas, golpistas, não passarão” e “A OAB apoiou a ditadura”. Os advogados da OAB reagiram gritando “Lula ladrão” e cantaram o hino nacional.
As manifestações começaram no Anexo II, próximo ao plenário. Um grupo liderado por parlamentares do PSOL, PCdoB e do PT protestaram contra afastamento da presidente Dilma Rousseff.
— Parte do judiciário integra esse golpe. Nós temos que dizer para eles: ninguém vai governar esse país se tiver golpe. Os corruptos desse país se reuniram para dar um golpe na constituição. Nos não vamos aceitar. No tapetão eles não vão levar — disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ).
Entidade autora do pedido de impeachment que levou ao afastamento do presidente Fernando Collor em 1992, a OAB aprovou posição favorável à saída da presidente Dilma do cargo no dia 18 de março. Foi aprovado um parecer reconhecendo a prática de crimes de responsabilidade pela Presidência. Em entrevista ao GLOBO publicada neste domingo, o presidente da OAB, Claudio Lamanchia, afirmou que a instituição não tem posição partidária e ressaltou que a decisão tomada foi técnica.
Fonte: O Globo