Trio condenado pela morte de adolescente em Olinda irá à júri popular pelo assassinato de duas mulheres em Garanhuns
Foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) uma ossada encontrada na tarde desta quinta-feira na Rua Voluntários da Pátria, no Bairro Liberdade, ao lado da casa onde morou o trio acusado de canibalismo em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Os ossos foram encontrados após a abertura de um buraco para instalação de um poste de iluminação. A perícia vai identificar se os restos são humanos, uma possível vítima dos canibais, como ficara conhecidos os antigos moradores da casa, ou de um animal. Vizinhos do imóvel disseram à polícia que restos de roupa também foram encontrados no local.
Em maio passado, a 1ª Vara Criminal de Garanhuns decidiu levar à júri popular pelas mortes de duas mulheres Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina e Bruna Cristina de Oliveira, trio conhecido como canibais da Garanhuns, cidade que fica no Agreste pernambucano. O julgamento ainda não teve a data divulgada.
O trio, que será julgado pelas mortes de Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31, já foi condenado, em 2014, pelo assassinato da adolescente Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos, crime que aconteceu em Olinda, mesma cidade na qual foi julgado.
O caso começou a ser investigado em 2012, após a descoberta de restos mortais na residência onde eles viviam, em Garanhuns. Na época, eles confessaram à polícia que praticaram os crimes porque faziam parte de uma seita conhecida como “Cartel”.
O trio responde por homicídio quadruplamente qualificado – por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade -, ocultação de cadáver, entre outros crimes. O laudo psiquiátrico solicitado pela defesa dos réus, com a tese de que eles apresentavam distúrbios mentais, apresentou resultado contrário.
Créditos: DIÁRIO DE PERNAMBUCO