Acabou provocando controvérsia uma publicação que o Hospital Nossa Senhora das Neves (HNSN), de João Pessoa, postou em suas redes sociais, informando que funcionários do setor financeiro da unidade hospitalar foram vacinados contra Covid-19 nesta quinta-feira (21). Para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a fila de prioridades definida pelo Plano Estadual de Vacinação foi desrespeitada, mas a responsabilidade seria da Secretaria Municipal de João Pessoa, responsável pelas vacinação na capital paraibana.
Procurada pela reportagem, o HNSN informou que a unidade hospitalar é uma das referências no tratamento a Covid-19 em João Pessoa, recebe pacientes com a doença, e por isso todos os funcionários são expostos. Informou também que a Clin é outro hospital pertencente ao grupo, mas lá, como não há o atendimento de casos de Covid-19, ninguém será vacinado neste primeiro momento.
A Secretaria Municipal de Saúde também se manifestou. De forma sucinta, disse que não houve irregularidades e que vai disponibilizar no Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de João Pessoa a lista completa de quem foi vacinado.
Em meio à polêmica, a SES destaca que funcionários de setor financeiro não são do grupo prioritário. E que a vacinação dessas pessoas pode impedir que a meta definida pelo plano estadual seja atingida. A SES explicou que as prefeituras terão que comprovar ao Governo da Paraíba que de fato vacinaram 34% dos trabalhadores de saúde, além da totalidade de comunidades indígenas e de idosos acima de 65 anos que vivem em instituições de longa permanência.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, vacinar profissionais do setor administrativo do hospital pode provocar a falta de vacina para esse outro público. E, se faltar vacina, as prefeituras vão precisar explicar o que aconteceu.
Grupos prioritários
No plano de vacinação do estado, as primeiras vacinas serão aplicadas em 54.689 paraibanos, representados por 42.925 trabalhadores de saúde, 10.432 indígenas aldeados, 1.212 pessoas idosas institucionalizadas e 120 pessoas com deficiência institucionalizadas. O registro das doses aplicadas será nominal e individualizado, por meio do número do Cartão Nacional de Saúde ou número do CPF do usuário.
De acordo com a nota técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a prioridade, em caso de profissionais de saúde, é vacinar apenas quem está trabalhando na UTI Covid-19, enfermarias que tratam pacientes com a doença ou no Samu, além de equipes de vacinação que estejam envolvidas no plano. A informação está inserida em uma nota técnica divulgada nesta quarta-feira (20) pela SES.
Fonte: G1
Créditos: G1