Em entrevista à CNN, o pesquisador do Observatório Fiocruz Covid-19 Raphael Guimarães afirmou que a população tinha uma impressão equivocada sobre uma suposta ausência de letalidade do coronavírus entre os mais jovens.
“Por algum tempo, no início da pandemia, foi criada uma falsa ideia de que a Covid-19 só se manifestava de forma grave em idosos ou pessoas com muitas comorbidades. É verdade que o estado grave dessas pessoas evolui mais rápido, mas não significa que não tenhamos mais jovens adoecendo”, disse Guimarães.
“O vírus não vai necessariamente ser mais agressivo na população mais jovem. Vai contaminar quem estiver mais disponível.”
De acordo com dados coletados pela Fiocruz entre os dias 4 e 17 de abril, a faixa etária que mais teve aumento de óbitos foi entre 20 e 29 anos.
Segundo o pesquisador, o período pós-Covid, com possíveis sequelas, também pode atingir os mais jovens de maneira muito negativa e tem sido objeto de estudo sobre a doença.
“Se essas pessoas acabam desenvolvendo problemas que são incapacitantes de forma muito precoce, isso tem um ônus. Individualmente, porque elas gozam de menos qualidade de vida por muitos anos, e também por se tornarem incapacitadas para diversas atividades diárias, inclusive seus empregos.”
Fonte: CNN Brasil
Créditos: CNN Brasil