Gutemberg Cardoso: Shopping invadido por bandidos, Governador em festa e acordos políticos

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A ousadia da bandidagem e a violência desenfreada em nosso estado não promete arrefecer. Em pelo domingo, enquanto muitos comemoravam o aniversário do Governador em uma festa regada a muita bebida e acordos políticos. Ali bem próximo, no Shopping Sebrae, um local conhecido pela segurança privada e pelo apoio da Polícia, era tomado de assalto, a bandidagem não perdoa, fechou a entrada principal e a saída, todos que estavam em seu interior ficaram como reféns.

O medo foi grande, choro, correria… Os bandidos de ‘cara limpa’, veículos parados em uma entrada e na saída, pediram licença para explodir um banco, disseram que não levariam nada das pessoas e ‘pipocaram’ o banco. Levaram todo o dinheiro e não foram molestados, não apareceu Polícia, nem apareceu segurança. A Secretaria de Segurança não fala e a administração do Sebrae não se manifesta. Qual é a segurança que temos de voltar naquele ambiente agora? É um shopping de muito movimento.

Outro dado estarrecedor são os números de mortes do final de semana na Paraíba inteira. Uma informação da conta de 15, outra de 18 no Estado inteiro. Com esses números nós deveremos estar, no próximo ano, quando as estatísticas apontarem que a violência está assumindo o primeiro lugar e não mais o quarto lugar.

Muito preocupante, tivemos aquele episódio do toque de recolher na semana passada. A secretária Estelizabel nega, enquanto a segurança pública e a população que mora nos bairros adjacentes comprovam, mas a verdade é que estamos sob o império da bandidagem e da violência, não vislumbramos nenhuma ação concreta.

Vislumbramos, sim, uma classe política paraibana toda só preocupada com acordos políticos. Ontem foi festa do Governador com Cássio entre tapas, beijos e amores. Hoje começa o da oposição, campanha política que começou aqui vai terminar em São Bento, o ministro Aguinaldo Ribeiro está em plena campanha. É tudo assim e o povo que se exploda com essa violência.

Há uma covardia generalizada, há um medo, agora quando a violência bate no seu calo, mata um parente seu, um amigo seu, uma pessoa próxima, você acorda para o problema.

Vivemos numa situação nunca vista neste Estado, nosso mar de tranquilidade de uma cidade pacata e de um Estado tranquilo se foi e, o mais grave, não há perspectiva de retornarmos a números aceitáveis. Muito pelo contrário, continuamos subindo para o pior.