Governo quer ministro na disputa

Arimatea Sousa

Três concorrentes 

Os promotores de Justiça Ádrio Nobre Leite, Bertrand Asfora e João Arlindo oficializaram ontem a entrega dos seus cargos ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho.

Vão disputar o comando do MP na Paraíba, em agosto.

Liberdade

Ao abrir ontem, no auditório do Fórum Cível da Capital, o Painel ´Imprensa e Liberdade Em Pauta´, promovido pelo JORNAL DA PARAÍBA, o superintendente da Rede Paraíba de Comunicação, Guilherme Lima, assinalou que “o exercício do livre informar, sem censuras e sem tutelas de quem quer que seja, é um direito inalienável de todos os cidadãos, direito este do qual não podemos abrir mão, para construirmos uma sociedade mais justa”.

Resistência

Segundo Guilherme, “a motivação de trazer a público a pauta desse evento deve-se ao fato de que são frequentes as iniciativas que visam ao controle da atividade jornalística. Não raro, por trás desse controle, há o impulso autoritário de uma censura que se apresenta disfarçada de propósitos nobres, mas que – sob qualquer perspectiva – é uma ameaça aos valores da democracia. Nossa posição é sempre resistir e rejeitar essas pressões”.

Pouca visibilidade

Na sua intervenção, a professora Joana Belarmino, da UFPb, avaliou que “a mídia dá pouca voz ao cidadão”, e que encarava com preocupação a “violência” que é veiculada, o que resulta na prática de “abusos”.

´Doutrinação´

A docente entende que atualmente “se incute na sociedade o temor de ela vir a perder o que ela não tem, ou tem de forma limitada”, numa menção à liberdade de expressão e de imprensa.

Velocidade

“A imprensa está hoje comprimida pelo paradigma tecnológico, que enfatiza a instantaneidade; que enfatiza a convergência dos processos e das rotinas, para cada vez mais criar multiplataformas. O conteúdo jornalístico fica sobrevalorizado, mas o processo de apuração fica complicado. É aí quando a gente, enquanto mídia, pode cometer abusos, que, às vezes, são irreparáveis”, discorreu Joana.

Pluralidade

Por fim, a professora destacou que “a imprensa precisa ser livre e plural. Entendo a comunicação não como um direito do governante ou do empresário, mas como um direito de toda a sociedade”.

Sinal amarelo

Presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Carlos Fernando Lindemberg Neto frisou que a situação da liberdade de expressão, no Brasil, “é considerada preocupante por entidades internacionais”.

Atalho

Ele citou como exemplo “as recorrentes” demandas ao Judiciário “para proibir previamente a divulgação de informações”.