Após a intensa articulação desta semana na Câmara dos Deputados para votar a jato a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Eleitoral ter virado um grande revés para o governo, a base aliada ao presidente Jair Bolsonaro tenta agora mobilizar seus parlamentares para garantir a aprovação do texto na próxima terça-feira (12) sem surpresas antes do recesso parlamentar.
Aliados e integrantes do governo vão passar o fim de semana em contato com deputados para convencê-los a vir a Brasília votar a PEC. O desafio é a proximidade do período eleitoral. Muitos deputados já estão mais concentrados nas próprias aspirações eleitorais, e ficar perto da base é prioritário.
A votação foi adiada na quinta-feira por temor de derrubada do estado de emergência da PEC, desenhado para driblar a lei eleitoral. A proposta cria benefícios como o “Pix Caminhoneiro” (de R$ 1 mil), amplia o Auxílio Brasil para R$ 600 e dobra o vale-gás para o equivalente a um botijão de 13 kg. O gasto total será de R 41,2 bilhões.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirma que a PEC será aprovada.
“Vai aprovar na terça”, disse.
A oposição, que quer ganhar tempo no debate, promete continuar fazendo obstrução para “denunciar” o caráter eleitoreiro da proposta, mas acabará votando a favor do texto.
O desafio não é garantir apenas o quórum qualificado para a aprovação da PEC em dois turnos — que exige 308 votos favoráveis em cada um. A preocupação é evitar mudanças no texto, como as pretendidas em destaques do PT e do Novo, que poderiam derrubar o estado de emergência da lei.
O governo minimizou o adiamento da votação, nos bastidores, e nega que isso atrapalhará os planos da campanha. Bolsonaro já usa o pacote de bondades em discursos para atrair o eleitorado.
Fonte: MSN
Créditos: MSN