O Itamaraty colocou sob sigilo de cinco anos o acesso aos detalhes de documentos da visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. O registro é referente ao material produzido pela Embaixada do Brasil em Moscou.
Em resposta a um Requerimento de Informação encaminhado pela bancada do PSOL na Câmara, o órgão informou que esses dados foram classificados como reservados, por “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais”. A classificação está no artigo 23, e o prazo fixado no artigo 24 da Lei nº 12.527.
Bolsonaro esteve com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, uma semana antes da invasão da Ucrânia. O PSOL enviou 15 perguntas relativas à viagem, incluindo uma questão sobre debates relativos às tensões entre os dois países e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ao que o Itamaraty respondeu com um comunicado enviado anteriormente à imprensa, que não dá detalhes sobre a conversa. No ofício de resposta, datado de 12 de abril, o ministério disse não ter competência para “comentar eventuais declarações” do presidente.
Fonte: Uol
Créditos: UOL