Governador tem até amanhã para nomear reitor

Às vésperas do término do mandato de Marlene Alves, ainda não se sabe quem vai administrar a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O governador Ricardo Coutinho (PSB) tem até amanhã para nomear o novo reitor, já que nesse mesmo dia se encerra a atual gestão. A reitora acredita que ele vai respeitar a decisão da maioria da universidade nomeando o candidato mais votado na eleição, Rangel Júnior.

A eleição da UEPB aconteceu no mês de maio e no final de agosto o Conselho Universitário (Consuni) da instituição encaminhou a lista tríplice para que Ricardo escolhesse quem seria o novo gestor. Além de Rangel Júnior, que obteve 4.061 votos (ou 50,27%), compõem a lista Cristóvão Andrade, que teve 1.785 votos (21,17%), e Eliana Maia com 1.477 votos (13,47%).

Apesar do governador estar com a lista tríplice à disposição há pouco mais de três meses e não ter anunciado o nome, a reitora Marlene Alves não acredita que ele vá deixar passar o prazo.

Segundo ela, caso isso venha a acontecer, a universidade vai vivenciar um momento inédito na sua história. “O governador vai anunciar o novo reitor, a universidade nunca passou por isso, ficar sem um dirigente”, disse. Marlene explicou que se esse fato acontecer, o Consuni terá que ser convocado para decidir como ficará a gestão da universidade.

Marlene disse também que não acredita na hipótese de que o governador deixe de nomear o mais votado na eleição. “Ricardo tem uma história, foi sindicalista, foi dos movimentos sociais, é do campo democrático, eu não acredito que ele faça diferente. Não vejo a possibilidade de que ele não respeite a vontade da maioria”, pontuou a reitora.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado, que informou que até ontem o governador não tinha tomado uma decisão, mas que o prazo para a nomeação deveria ser respeitado pelo governador.

Balanço positivo
De saída da reitoria, após oito anos de mandato, Marlene Alves avaliou sua gestão como positiva. Segundo ela, nesse período a UEPB conseguiu um desenvolvimento expressivo, com o aumento do número de campi e também a criação de diversos cursos de graduação. “A UEPB em 2004 era uma e em 2012 é outra. Foi a universidade que mais cresceu proporcionalmente no país”, disse.

Para Marlene, o que fez a diferença foi o fato de haver um bom projeto administrativo, uma boa gestão e também uma boa situação financeira na instituição.

Do Blog com JP OnLine