Governador exclui entidades legítimas e reúne representantes desconhecidos da Polícia

Gutemberg Cardoso

Diante do quadro de insegurança e violência que se abate na Paraíba, o que se espera do Governo na relação com as entidades das Polícias Civil, Militar e Bombeiros. Se espera um bom relacionamento, se espera diálogo, se espera aumento e benefícios para motivar os policiais porque são eles que estão diretamente no front entre os bandidos, a violência e sociedade.

Mas me parece que o Governo do Estado não tem cura nesse papel. Em pleno domingo, o Governador convoca as entidades da Polícia Militar para uma reunião para discutir, aumento e promoções, além de outros benefícios e outras bondades, mas aí vem o estranho… Vejam as entidades que o Governo convocou: uma ONG chamada Abolição Militar, que praticamente ninguém conhece; uma associação dos militares da Paraíba, também desconhecida; apenas uma entidade, a de cabos e soldados, tinha credibilidade e representatividade para estar nesta reunião.

Os demais membros da reunião são da própria cúpula do Governo, e aí vem o estranho: como é que os representantes legítimos estão à frente e que representam as entidades, o Clube dos Oficiais, as outras entidades que fazem parte do Fórum de Servidores, que representam Bombeiros e aposentados não são convocadas, são excluídas de propósito.

Ficamos nos perguntando se é este o diálogo que o Governo pretende com os representantes da Polícia Militar, a Caixa Beneficente também excluída… Enfim, a gente percebe que este Governo gosta de comprar briga, gosta de excluir, foge do diálogo, tem medo de dialogar com estas categorias que legitimamente representam a Polícia Militar e os Bombeiros. Os senhores já podem avaliar o que foi discutido nesse domingo com essas entidades que o Governo escolheu a dedo para anunciar a boa nova.

É lamentável! Em três anos, o Governo comprou briga, estabeleceu uma queda de braço com os representantes legítimos da Polícia e, no último ano, para anunciar um aumento, para anunciar benefícios, exclui essas categorias da relação, ou seja, o Governo anuncia boas intenções, mas a máscara cai no primeiro momento em que ele tenta efetivar o primeiro discurso.